Guarani:"Estou neste projeto desde 2013", diz Anaílson Neves

O dirigente diz estar preparado para assumir a presidência do Guarani e fez alguns apontamentos daquilo que poderá fazer caso seja eleito

Anaílson Neves participou da montagem do elenco do Guarani que conquistou o acesso à Série B em 2016.

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Anaílson Neves deu entrevista à Rádio Brasil Campinas Foto: divulgação

Campinas, 1, SP (AFI) – O candidato à presidência do Guarani, Anaílson Neves, deu uma entrevista na manhã desta quarta-feira (1), à Rádio Brasil Campinas. Diversos assuntos como as categorias de base, as melhorias de estrutura do clube com o passar dos anos e futuros projetos para o Bugre foram colocados em pauta.

Anaílson Neves faz parte do Conselho de Administração do clube. Atuando como Superintendente de Futebol ele foi um dos responsáveis pela montagem do elenco que conquistou o acesso à Série B em 2016.

O dirigente, ao longo dos 10 anos como profissional do Guarani também ocupou a função de diretor comercial, sendo um dos responsáveis pela reforma e liberação do Tobogã, pelo retorno da empresa Asa Alumínios e pela formulação de outros patrocínios importantes como a Casa das Alianças, Marcelo Caminhões, CDE, IESCAMP, Aqualimp, CBP Colchões, Madri, ForteCard, Cabrino Autopeças, Questor TKM Alumínio, Hyper Nutrition, Química Neves, Mercado Continental, Comercial Rafael e a empresa Rosolem Turismo.

Quando perguntado sobre os motivos pelos quais Anaílson decidiu se candidatar à presidência do Guarani, ele foi assertivo ao dizer que se sente preparado para assumir o cargo.

“Estou neste projeto desde 2013, estava conduzindo as coisas de uma outra cadeira de uma outra forma, mas me preparando para isso e acho que agora chegou minha vez”, afirmou Anaílson.

O candidato comentou que sua atuação como diretor comercial foi uma das que mais trouxe patrocínios e apoios comerciais ao clube e que o seu trabalho fez parte de um projeto que tinha como objetivo tirar o Guarani da Série C do Brasileiro e da Série A2 do Campeonato Paulista.

“Continuo sendo o cara que mais trouxe parceiros para o Guarani, mesmo no momento mais difícil e acredito que posso fazer muito mais ainda, na verdade, quando a gente começou este projeto lá atrás, eu falei que teríamos um projeto de 12 anos para tirarmos o Guarani da onde estava, de Série C, de Série A2 até colocar o Guarani na Série A1 do estadual e Série A do Campeonato Brasileiro, além de entregar o estádio, o clube, o CT e este é momento, ainda faltam quatro anos para concretizar o prazo que eu estipulei”, comentou o dirigente.

ANAÍLSON SENTE QUE O GUARANI PODE SUBIR À SÉRIE A EM 2023

Um dos pontos citados na entrevista foi a inconsistência apresentada pelo time desde o seu retorno à Série B em 2017. De lá para cá, somente em 2018, quando terminou o campeonato em nono lugar com 54 pontos e em 2021, quando brigou até a última rodada pela vaga na Série A de 2022 e fechou aquela temporada com 60 pontos, na sexta colocação o Guarani teve certa consistência.

No restante dos anos o Bugre acabou sempre apresentando o mesmo cenário. Ir muito mal no primeiro turno e se recuperar de forma quase milagrosa para evitar uma queda eminente. Neste sentido Anaílson sente que este é o momento certo para que o Bugre consiga quebrar este ciclo, e consiga o tão sonhado acesso em 2023.

“Temos que quebrar este ciclo. Para isso, precisamos fazer mais contratações dentro da divisão e o nosso momento extra-campo hoje é muito melhor do que nos anos anteriores, então, a cada ano que passa estamos um pouco melhores e naturalmente as coisas vão melhorando dentro de campo. Nós precisávamos sair daquela Série C, a gente saiu, precisávamos sair daquela Série A2, aprendemos a jogar a segunda divisão nacional e esse ano é um ano muito bom para conseguirmos sair da Série B”, avaliou Anaílson.

“PRECISAMOS REENCONTRAR O CAMINHO DO PROTAGONISMO DA BASE”

Tradicionalmente, o Guarani sempre foi uma vitrine para revelar craques para o futebol brasileiro, e com um departamento médico cheio devido à sequência de jogos neste início de temporada, a torcida espera que o técnico Mozart Santos possa utilizar de forma mais efetiva algumas opções das categorias de base, como Theo, Rafael e o atacante Filipe Chrysman.

Anaílson Neves avaliou o momento atual das categorias de base do Guarani e disse que é necessário para o clube reencontrar o caminho do protagonismo dentro deste cenário e que Campinas é um centro logístico perfeito para revelar grandes jogadores e uma vitrine muito importante para o futebol brasileiro e mundial.

“Hoje a nossa estrutura é diferente de muitos clubes em relação a base. Diversos times jogam campeonatos que nós não jogamos como o Brasileiro, o Sulamericano ou a Copa do Brasil. Nossos meninos jogam somente a Copinha. As vezes a gente se pergunta: Por que que chega tanto jogador bom em Campinas? Nossa logística é muito boa. O atleta que chega aqui no interior passa e vai para outros grandes clubes no Brasil, precisamos reencontrar o caminho para voltar a ser protagonista no cenário”, comentou Anaílson.

ANAÍLSON NEVES NÃO É BEM VISTO PELA TORCIDA

Anaílson Neves já participou de outras administração do clube, seja com Horley Senna, Palmeron Mendes Filho e Ricardo Moisés. Na época em que esteve à frente do futebol do Guarani, Anaílson ficou marcado pela torcida Bugrina, que pedia a cabeça do dirigente então Superintendente remunerado de Futebol. No departamento comercial, Anaílson Neves chegou a ser denunciado por desviar patrocínios do clube.

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