Por que os clubes têm dado preferência a treinadores do exterior?

De fato treinador de futebol tem sido assunto de exaustivos debates nos últimos tempos, principalmente devido à invasão dos estrangeiros aqui.

Alguns deles, de fato, mostraram gabarito, como Jorge Sampaoli no Santos e os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira, do Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras
Abel Ferreira colocou rivais debaixo do braço.(Foto: Cesar Greco - Palmeiras)

Campinas, SP, 13 (AFI) – Em tempos que a gente sequer lembra aquilo que comeu no almoço, como recordar que este 14 de janeiro marca o Dia do Treinador?

Não fosse mensagem deixada no meu Whats App pelo diretor do portal FI, Élcio Paiola, tudo passaria batido.

De fato treinador de futebol tem sido assunto de exaustivos debates nos últimos tempos, principalmente devido à invasão dos estrangeiros aqui.

O que essa treinadorzada de fora teria para ensinar aos brasileiros?

Alguns deles, de fato, mostraram gabarito e foram reconhecidos, como o argentino Jorge Sampaoli no Santos e os portugueses Jorge Jesus – Flamengo – e Abel Ferreira, sempre candidato a títulos no Palmeiras.

COPA DO MUNDO

Treinador brasileiro ‘antenado’ às implementações no futebol de certo verificou o avanço de seus companheiros de categoria na Europa.

A recente Copa do Mundo mostrou como os treinadores europeus conseguiram persuadir os seus comandados sobre o quão primordial é a capacidade de concentração de todos ao longo de uma partida.

No futebol europeu, para melhorar a dinâmica e fluxo das jogadas, antes mesmo de o atleta receber o passe já mentaliza a imediata sequência da jogada, para que seja dado o mínimo possível de toques na bola.

Isso favorece a busca pelos raros atalhos deixados pelo adversário.

Aí, ‘quem tem mais garrafa vazia para vender’ pode tirar proveito.

No futebol brasileiro, raros são os treinadores que mostram indignação quando os seus jogadores recuam sucessiva e desnecessariamente a bola, retardando a incursão no campo ofensivo.

Logo, esse atraso implica na óbvia recomposição do adversário, que fecha bem os espaços e dificulta a penetração.

RETROCESSO

De uns tempos a essa parte, são raros os treinadores que incentivam os seus jogadores para ‘esmerilhar’ nas cobranças de faltas.

Outrora, talentos com memoráveis aproveitamento em cobranças de faltas treinavam exaustivamente.

Saudoso Roberto Dinamite, Zico, Marcelinho Carioca, Zenon, Dicá, Nelinho e Neto, entre outros, ensaiavam no mínimo 50 cobranças de faltas em pelo menos dois dias da semana, com reflexo imediato nos jogos.

Hoje, como a ciência do esporte sugere que atletas devem se prevenir para lesões, com seguidos exercícios de cobranças de faltas, tem sido praxe interferências dos fisiologistas e preparadores físicos para se evitar as tais cobranças após a sessão de treino.

Entre as justificativas, citam que a exigência física do jogo atual, somada às viagens desgastantes em um calendário repleto de competições, requer cuidado.

No discurso, lembram que o atleta das décadas de 70 e 80 percorria de quatro a sete quilômetros por jogo, enquanto o atual se desdobra entre nove e onze quilômetros.

Confira também: