França se firma como grande potência mundial ao chegar à quarta final de Copa
"Não foi fácil, foi preciso um misto de talento, experiência, estado de espírito e conquista também"
A história mostra que o futebol é feito de ciclos, e o atual tem a França como grande expoente.
Campinas, SP, 15 – A história mostra que o futebol é feito de ciclos, e o atual tem a França como grande expoente. Depois de passar os primeiros 58 anos sem disputar uma única final de Copa do Mundo, a seleção francesa chegou a sua quarta decisão em apenas 24 anos após derrotar o Marrocos por 2 a 0, na última quarta-feira, na semifinal da Copa do Mundo do Catar. Se vencer a Argentina no domingo, a equipe do técnico Didier Deschamps alcançará o tricampeonato e poderá definitivamente dizer que o último quarto de século foi de domínio seu no futebol.
Sempre comedido nas suas entrevistas, Deschamps não conseguiu esconder a alegria de disputar mais uma final de Copa do Mundo. É sempre um grande orgulho, (e a vitória sobre o Marrocos) foi a última etapa para chegar à final. Não foi fácil, foi preciso um misto de talento, experiência, estado de espírito e conquista também, disse ele logo após a classificação de sua seleção.
Mesmo que perca para os argentinos e fique com o vice-campeonato, a França já detém retrospecto semelhante ao das fases áureas de Brasil, Alemanha e da própria Argentina, seleções que, de forma intercalada, dominaram o futebol mundial nas últimas seis décadas. À exceção do adversário de domingo, que vai para sua segunda final nas últimas três Copas, brasileiros e alemães ficaram para trás.
A seleção brasileira foi a primeira a impor uma hegemonia mundial. Nos seis Mundiais realizados entre 1950 e 1970, o Brasil disputou quatro vezes o título, vencendo em três oportunidades. Na Copa de 1950, disputada no País, vale ressaltar, a derrota para o Uruguai aconteceu no jogo derradeiro de um quadrangular final, que contava ainda com as seleções da Espanha e da Suécia.
NOVOS CICLOS
Depois, foi a vez da Alemanha impor seu domínio juntamente com a Argentina. À época chamada de Alemanha Ocidental – a Guerra Fria havia dividido o país em dois -, a nação europeia esteve em quatro finais de Copa do Mundo nas cinco edições disputadas entre 1974 e 1990, tendo vencido a primeira e a última delas.
Uma das derrotas, a de 1986, foi para a Argentina, então liderada por Diego Armando Maradona, e que também teve por aquele período sua fase de destaque no futebol mundial. Depois de conquistar seu primeiro título em 1978, os argentinos ainda disputariam mais duas decisões nas três Copas que se seguiram. Na última delas, em 1990, a Alemanha Ocidental devolveu a derrota do Mundial anterior e chegou ao tricampeonato.
O último grande ciclo foi novamente do Brasil. Campeã em 1994 e 2002, a seleção brasileira também disputou a final de 1998. Perdeu justamente para a França, que tinha Didier Deschamps, hoje técnico, como capitão. À época, poucos imaginavam que começaria ali uma nova fase no futebol mundial, que se estende até hoje.
Se vencer no domingo, Deschamps fará ainda mais história – ele será o primeiro desde 1938 a ganhar duas Copas seguidas como treinador. Isso, porém, pouco importa. Eu não estou aqui para mim. Eu não sou o mais importante. É a seleção da França, disse o treinador após a vitória sobre Marrocos. “Temos a possibilidade de buscar mais um novo título. Já está muito bom, e vou fazer de tudo com a minha comissão para ser ainda mais feliz no próximo domingo.”
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