Messi e Lionel Scaloni fazem a diferença para a Argentina
A resposta atinge em cheio quem persiste com conceitos ultrapassados sobre futebol, relativizando a importância de treinadores.
Técnico argentino Lionel Scaloni estudou o formato da Croácia povoando e com controle do meio de campo, ao contrário de Tite
Campinas, SP, 12 (AFI) – A pergunta que não quer calar é curta e grossa: como essa Croácia que despachou o Brasil da Copa do Mundo do Catar é despachada com goleada por 3 a 0 pela Argentina, na etapa semifinal?
A resposta atinge em cheio quem persiste com conceitos ultrapassados sobre futebol, relativizando a importância de treinadores.
Enquanto Tite, até então na Seleção Brasileira, fez questão de manter estratégia tática única de jogo, independente do adversário, outros sábios comandantes habilmente pensam jogo a jogo, avaliam com critério situações dos adversários, e não titubeiam em mexida de peças do tabuleiro antes de a bola rolar.
Técnico argentino Lionel Scaloni estudou o formato da Croácia povoando e com controle do meio de campo no primeiro tempo contra a Seleção Brasileira, distribuída no setor com apenas dois jogadores para a marcação – Casemiro e Lucas Paquetá -, e logo raciocinou que não poderia repetir o equívoco de Tite.
Aí, com sabedoria, abriu mão de um atacante de beirada diante da Croácia, para aumentar o bloqueio por dentro.
ESPEROU 20 MINUTOS
Com a estratégia, Scaloni permitiu apenas os 20 primeiros minutos de domínio do adversário, pois a partir disso seu time soube preencher adequadamente os espaços, de forma que não sofresse susto.
Num descuido de marcação do miolo de zaga da Croácia, Julián Álvarez, ao ser lançado, invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Livakovic, aos 32 minutos, em pênalti convertido pelo meia Messi.
Como era natural que na sequência a Croácia teria que se expor ainda mais, o veloz Álvarez contra-atacou e, em bate-rebate na jogada contra adversários, converteu o segundo gol, aos 38 minutos.
MESSI, TALENTOSO
Como convém a quem atinge significativa vantagem em jogo de transcendental importância, fez correto a Argentina ao abaixar as linhas e colocar em prática duas alternativas de posse de bola: acionar contra-ataques ou centralizar jogadas no talentoso Messi.
Dito e feito. Numa arrancada dele pela direita, com lucidez para escapar da marcação com dribles desconcertantes, completou o lance com preciso passe para Álvarez liquidar a fatura, no terceiro gol argentino, aos 25 minutos.
Aquela Argentina que provocou a maior zebra desta Copa, com derrota na estreia para a Arábia Saudita por 2 a 1, deu a volta por cima em alto estilo e garante vaga na final, aguardando por França ou Marrocos, que duelam nesta quarta-feira, para um deles ser finalista.
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