Luis Enrique vê injustiça em queda da Espanha: 'Dominamos o jogo os 120 minutos'
"Dominamos a partida, durante 120 minutos contra um rival fechado ao máximo e com muita capacidade defensiva"
O treinador fez questão de elogiar a lealdade dos marroquinos no jogo
Campinas, SP, 06 – Apesar da enorme decepção pela eliminação da seleção Espanha para o Marrocos, por 3 a 0, na disputa por pênaltis, após 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, o técnico Luís Enrique demonstrou cabeça fria na hora de encarar os jornalistas, depois da surpreendente queda de sua seleção. O treinador fez questão de elogiar a lealdade dos marroquinos no jogo, cumprimentou os adversários e declarou que não mudaria nada no seu time, apesar de achar o resultado injusto.
“Dominamos a partida, durante 120 minutos contra um rival fechado ao máximo e com muita capacidade defensiva”, disse. “Acabamos eliminados da Copa do Mundo porque os jogadores do Marrocos foram melhores na hora da cobrança dos pênaltis.”
Segundo Luis Enrique, seus jogadores nunca desistiram de buscar a vitória e demonstraram muita disposição em campo. “Eles representaram minha filosofia de jogo. Tentamos de tudo, faltou-nos fazer o gol”, enfatizou. “Tivemos até uma bola na trave, mas assim é o futebol. Agora, a vida continua, e espero que esta experiência possa servir, no futuro, aos meus jogadores.”
Uma das coisas a melhorar, segundo ele, é o controle emocional dos seus jogadores. “Pênaltis não são uma loteria. Para convertê-los tem que controlar os nervos”, admitiu.
Na área de entrevistas dos jogadores, no Education City Stadium, o sentimento era de tristeza, mas sem choro ou revolta, entre os espanhóis. “Estamos frustrados”, falou o lateral Llorente. “Dominamos o jogo, mas em 120 minutos não conseguimos fazer o nosso gol.”
Segundo ele, faltou sorte aos espanhóis nas finalizações e sobrou empenho e organização aos marroquinos. “Eles estavam bem organizados e fortes atrás, aguentaram muito”, seguiu. O atacante Ferrán Torres seguiu o mesmo discurso. “Atacamos muito, mas o Marrocos se defendeu muito e nos pênaltis mereceu, já que foi mais eficiente do que nós”, concordou.
Fernando Valeika de Barros, especial para AE
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