Cerveja sem álcool é um chá que agora eu recomendo
Tive o prazer de experimentar a turca EFES e confesso que gostei do sabor e da leveza que ela trouxe ao ser degustada bem gelada. É questão de hábito.
O consumo não é proibido, não se trata de drogas ou algo parecido e sim de algo que é comercializado através de um processo de restrições e controle.
Por LUCIANO LUIZ –
Enviado Especial – FUTEBOL INTERIOR
Doha, Catar, 25 (AFI) – Uma das pautas mais comentadas por jornalistas de todo o mundo e turistas que visitam o Catar é a tal proibição do consumo livre de bebidas alcoólicas. É bom colocar dessa forma, pois o consumo não é proibido, não se trata de drogas ou algo parecido e sim de algo que é comercializado através de um processo de restrições e controle.
O fato de ser proibido que se beba nas ruas não é algo tão diferente, até porque na Rússia, sede da última Copa do Mundo essa lei também existia, assim como nos Estados Unidos e tantos outros países.
Aqui no Catar o que chama atenção para mim é o controle do consumo. Não se vende absolutamente nada alcoólico em mercados por exemplo, algo inimaginável se remetermos a situação a nossa cultura.
Existem pontos específicos que passam por toda uma regulamentação para serem utilizados pelas pessoas e o motivo maior para o afastamento em relação ao consumo de bebidas é o fato das mesmas influenciarem na razão das pessoas e como todos devem rezar pelo menos cinco vezes ao dia a razão pode ser comprometida com o álcool e gerar uma queda na frequência religiosa da população.
CONSUMIR NÃO É CRIME
Consumir não é crime no Catar, mas estar em via pública com sinal de embriaguez é consolidado em crime contra a ordem pública.
Durante este período totalmente único para o país com a realização da Copa do Mundo, já ouvi várias histórias de festas fechadas em hotéis, restaurantes ou mesmo a própria Fan Fest que determina a quantidade máxima de quatro copos de cerveja por pessoa, independente de quanto ela pague, mas o público que viaja para ver um mundial são pessoas únicas.
São seres que se descobrem e realmente redescobrem o mundo das formas mais criativas. Eu conversei com um grupo de três jovens, dois brasileiros e um argentino, todos estudantes de medicina no Paraguai. E aí me confidenciaram que cada um já teriam bebido pelo menos dez copos e quando questionei o argentino me chamou a atenção para a sua forma de abordagem.
Eles simplesmente abordam pessoas que não estão bebendo e além de comprarem a cota delas de cerveja, ainda oferecem um refrigerante ou uma água.
PRATELEIRA DE CERVEJAS
Andando por um mercado de Doha eu me deparei com uma prateleira repleta de cervejas, evidentemente todas sem álcool e aí então aguçado pela curiosidade e também envolvido a tantos questionamentos peguei uma lata para mim.
Confesso que no Brasil não sou muito fá de cerveja “zero”, como é chamada, mas como acredito que descobertas são sempre bem vindas eu peguei uma lata da “Efes”, que após vi que era de origem turca.
Levei quietinho para o quarto do hotel, deixei por horas na geladeira. Quando fui experimentar encontrei um sabor gostoso e refrescante. É verdade que o líquido mata a sede e me encantou, mas acho que pelo fato de ser um grande apreciador de chás, até porque sabor de cerveja eu não senti absolutamente nada. Talvez por ter um visual parecido o conteúdo pode mexer na cabeça de muitos, mas que é bem diferente é.
Enfim, aqui estamos para conhecer o país e seus hábitos. Deixo meu senso crítico de lado e me entrego a conduta de observador somente.
Encha o copo e segue a Copa !!!
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