Promessas mostram poder de decisão e se destacam na primeira rodada da Copa
A produção contempla jogadores talentosos em início de carreira e que se apresentam como candidatos a ser a revelação
Quem abriu a lista e se tornou o primeiro jogador nascido no século 21 a marcar em um Mundial foi Jude Bellingham
São Paulo, SP, 25 – Na Copa do Mundo em que os holofotes estão voltados para jogadores veteranos, como Cristiano Ronaldo, Messi e Lewandowski, a primeira rodada do Mundial mostrou que os jovens talentos têm potencial para serem os protagonistas desta edição do torneio. Jovens como Bellingham e Sako (Inglaterra), Timothy Weah (Estados Unidos), além de Ferrán Torres e Gavi (Espanha), todos nascidos no século 21, não sucumbiram à pressão de debutarem no torneio e saíram de campo como protagonistas de suas equipes.
Outros três jogadores nascidos em 1999 também foram às redes nesta primeira rodada. Na série de reportagens Futuros da Copa, o Estadão adiantou alguns nomes como possíveis destaques do Mundial. A produção contempla jogadores talentosos em início de carreira e que se apresentam como candidatos a ser a revelação do torneio.
BELLINGHAM E SAKO
Quem abriu a lista e se tornou o primeiro jogador nascido no século 21 a marcar em um Mundial foi Jude Bellingham, da Inglaterra. Nascido em junho de 2003, o meio-campista do Borussia Dortmund usou a cabeça para abrir o placar na goleada inglesa por 6 a 2 sobre o Irã, na última segunda-feira.
Na mesma partida, Bukayo Saka, também de 21 anos, balançou as redes duas vezes. No primeiro tempo, o atacante do Arsenal fez o segundo gol da Inglaterra ao pegar o rebote em cobrança de escanteio, e ampliou na segunda etapa depois de costurar na área e tirar do goleiro com um toque rasteiro de pé esquerdo.
TIMOTHY WEAH
Quando o então atacante George Weah, da Libéria, venceu o prêmio de melhor jogador do Mundo em 1995, atuando pelo Milan, seu filho Timothy sequer havia nascido. Isso só viria a acontecer cinco anos depois, em 2000.
Passados 22 anos, George Weah pôde ver in loco, na última segunda, Timothy marcar o único gol dos Estados Unidos no empate contra o País de Gales na estreia dos americanos na Copa do Mundo do Catar. O jogo terminou empatado por 1 a 1.
O gol de Timothy Weah emocionou o pai, que aplaudiu o filho das tribunas do Estádio Ahmad Bin Ali. George, hoje presidente da Libéria, jogou por grandes clubes na Europa, mas nunca teve a oportunidade de defender o país em um Mundial.
Timothy nasceu em Nova York, em 2000. Começou sua carreira no New York Red Bull e passou por Paris Saint-Germain e Celtic, da Escócia, antes de seguir para o Lille, por onde joga atualmente.
FERRÁN TORRES E GAVI
A goleada da Espanha por 7 a 0 sobre a Costa Rica também teve a participação decisiva de jovens talentos. Com um gol em cada tempo, Ferrán Torres, atacante de 22 anos do Barcelona, balançou as redes duas vezes. O primeiro em cobrança de pênalti; o segundo após disputar a bola com o zagueiro e goleiro costa-riquenhos na pequena área, girar e finalizar para o gol.
Com os dois gols, Torres encabeça a lista de artilheiros do Mundial, ao lado de Ener Valencia, Saka, Taremi, Giroud e Richarlison. Porém, o jogador mais novo a marcar no Mundial do Catar é outro. Trata-se do jovem Pablo Martín Páez Gavira, o Gavi, atual vencedor do prêmio Golden Boy, honraria entregue pela Fifa para o melhor jovem atleta da temporada.
Com 18 anos e nascido em 2004, o meio-campista, colega de Torres no Barcelona, recebeu cruzamento de Asensio e finalizou de primeira no canto de Navas, goleiro costa-riquenho. O gol colocou Gavi na lista dos três jogadores mais jovens a marcar em um Mundial, atrás apenas de Pelé (marcou com 17 anos e 227 dias na Copa de 1958) e o mexicano Manuel Rosas (18 anos e 92 dias, na Copa de 1930).
CODY GAPKO
Na estreia da Holanda no torneio, Cody Gakpo, de 23 anos, livrou a sua seleção de começar a competição com um empate por 0 a 0 contra Senegal. Aos 38 do segundo tempo, o atacante do PSV aproveitou um cochilo da zaga adversária e escorou de cabeça para abrir o placar para os holandeses. No último minuto da partida, Klassen marcou o segundo e garantiu os três pontos para a equipe comandada por Louis van Gaal.
O gol de Gapko não é uma surpresa para os que acompanham a carreira do holandês de perto. Mesmo jovem, já é o capitão do PSV e desponta como um dos jogadores fundamentais para o sucesso da seleção da Holanda no futuro. Na temporada passada, foi eleito o Jogador do Ano do futebol holandês.
JOÃO FÉLIX E RAFAEL LEÃO
Nascidos em 1999, João Félix e Rafael Leão foram decisivos para a vitória de Portugal sobre Gana, por 3 a 2. Quando a partida estava empatada por 1 a 1, os dois atacantes anotaram o segundo e terceiro gols da seleção lusa e pavimentaram o caminho da equipe de Fernando Santos para a conquista dos três primeiros pontos no Mundial.
Os gols dos jovens atacantes foram parecidos – mas em lados opostos. João Félix, do Atlético de Madrid, recebeu em profundidade pela direita e tocou na saída do goleiro. Menos de três minutos depois, foi a vez de Leão, do Milan, receber passe nas costas da marcação e, de canhota, finalizar para o gol.
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