Neymar, Vini e Paquetá: atletas dão as caras em propagandas na TV durante a Copa

Vinicius Jr tem 11 contratos para a copa e lidera o ranking na seleção

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Neymar, Vini e Paquetá: atletas dão as caras em propagandas na TV durante a Copa. (Reprodução)

São Paulo, SP, 24 – Não é só nas partidas da Copa do Mundo no Catar que o público poderá acompanhar o trabalho dos jogadores da seleção brasileira. Fora dos campos, os atletas foram “convocados” pelas marcas para dar as caras nas campanhas publicitárias veiculadas ao longo do Mundial, seja na TV, internet ou até no mobiliário urbano. Vinicius Jr., Neymar e Lucas Paquetá despontam na lista de jogadores com o maior número de contratos nesta edição da Copa.

Ainda que Neymar seja o mais famoso da seleção brasileira, quem reina entre as marcas no Mundial deste ano é Vinicius Jr. O jogador tem contrato com 11 marcas entre elas: Pepsi, Casas Bahia, Vivo, Nike, EA Sports e Zé Delivery.

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Neymar, Vini e Paquetá: atletas dão as caras em propagandas na TV durante a Copa. (Reprodução)

Uma das primeiras a patrocinar o atacante do Real Madrid foi a Vivo, que investe no atleta desde o início do ano, antes mesmo do seu nome aparecer na lista de convocados do técnico Tite para o Mundial no Catar.

A operadora de telefonia, que também é patrocinadora oficial da seleção desde 2005, tem utilizado a imagem do jogador em suas ações na internet, na TV e nas ativações expostas na rua, que são conhecidas como Out Of Home.

A diretora de marca e comunicação da Vivo, Marina Daineze, explica que a parceria com a empresa continua mesmo depois do fim do torneio da Fifa no Catar. “Foi uma aposta que nós fizemos. É uma aposta no que ele representa como atleta e como pessoa”, afirma a executiva.

Já Neymar é embaixador da cerveja oficial da Copa do Catar Budweiser – que acabou tendo a venda proibida nos estádios e imediações do Mundial -, da companhia aérea Qatar AirWays, da instituição financeira QNB e da empresa de telefonia do oriente médio Ooredoo, além de participar das ações da Sadia, que é patrocinadora oficial da seleção brasileira.

No caso de Daniel Alves, o lateral é patrocinado pela adidas e pelo Athletic Club Momento, além de nomes como Casa Good Crazy e o sistema de saúde chamado Hygia Saúde, empresas nas quais o jogador é sócio.

Em setembro, a Netshoes lançou sua campanha com Lucas Paquetá e a estrela do futebol feminino Formiga. Em clima festivo antecipando o hexacampeonato do Brasil, o vídeo é um clipe musical do grupo de pagode ‘Menos É Mais’. No YouTube, o vídeo tem mais de 400 mil visualizações e também é exibido na TV.

ATÉ TITE FOI PARA O AR

Outros jogadores também foram assediados por marcas antes do Mundial do Catar. O atacante Gabriel Jesus já estrelou peças de marketing do Guaraná Antártica, além de ter patrocínio de adidas e Rexona. Até mesmo o técnico Tite chegou a ser garoto-propaganda da rede McDonald’s neste ano, em uma campanha feita alguns meses antes da Copa do Mundo.

Na visão de Jaime Troiano, presidente da Troiano Branding, a Copa do Mundo é um momento único na vida dos jogadores e isso abre oportunidades para as marcas se posicionarem na mídia de massa preferida dos brasileiros, a TV, e na principal emissora do País, a Rede Globo. No entanto, Troiano alerta para os riscos de fechar acordos de patrocínio.

“Quanto mais cuidadoso for o atleta ao escolher marcas com relevância, que não estejam distantes do nível de reconhecimento deles mesmos, melhor. Não é à toa que o Federer anuncia a marca Rolex há muito tempo. Existe uma convergência de importância relativa entre eles”, diz.

Troiano ressalta ainda que a competição das marcas por alguns jogadores em especial se dá devido ao potencial de exposição na mídia que eles oferecem. “Como é um momento passageiro, as marcas vão em busca de quem dá mais garantia de oferecer maior retorno e mais visibilidade”, afirma.

Apesar do número de marcas financiando atletas na seleção brasileira ter crescido ao longo dos anos, Fábio Wolff, da Wolff Sports, acredita que este mercado no Brasil ainda é pouco explorado se comparado a outros países da Europa. Para o especialista em marketing esportivo, fatores como baixa adesão dos clubes e falta de preparação dos atletas acabam afastando novas marcas de investir no uso da imagem dos esportistas vinculada às campanhas publicitárias.

“Os jogadores no Brasil ainda não se posicionam como um produto que pode gerar lucro para outras companhias fora dos campos. O interesse dos empresários sempre foi da gestão da carreira, não da imagem dos atletas. Muitas vezes esses empresários não têm nem conhecimento sobre essa possibilidade”, avalia Wolff.

Confira a lista dos patrocínios dos jogadores da seleção:

Vini Jr tem contrato com 11 marcas: Pepsi, Casas Bahia, Vivo, Nike, EA Sports, Zé Delivery, Golden Concept, BetNacional, Royaltiz e OneFootball
Daniel Alves (Pumas-MEX) – Athletic Club Momento, (Casa Good Crazy), hygia saúde (sócio), Adidas
Gabriel Jesus (Arsenal-ING) – Adidas, (Rexona e Guaraná – as duas tem ações dele há cerca de um ano)
Casemiro (Manchester United-ING) – Nike/ HyperX/ Case Esports (CEO)
Lucas Paquetá (West Ham-ING) – Nike/ Royaltiz, Netshoes
Éder Militão (Real Madrid-ESP) – Adidas
Thiago Silva (Chelsea-ING) – Puma, Energiclin
Alisson (Liverpool-ING) – Nike
Ederson (Manchester City) – Puma
Alex Sandro (Juventus-ITA) – Puma
Danilo (Juventus-ITA) – Savoir Sport, Nike

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