Ari na Copa: Incrementos técnicos de europeus são visíveis
Os espanhois se destacaram mais, aproveitando a fragilidade da Costa Rica. A França se destacou pela alta capacidade de desarme.
Incontinenti, os selecionados europeus têm mostrado algo diferente que sugerem penetrações. A Espanha goleou a frágil Costa Rica

Campinas, SP, 23 (AFI) – Quando falam do prevalecimento de estudos para que fosse ditado nova ordem no futebol, a coisa vai bem além de teses científicas sobre condição física do atleta, redução de período para recuperação de lesões, etc., etc.
Hoje, mais de que nunca, reza-se a cartilha defendida ainda na década de 70 pelo ex-treinador argentino César Luis Menotti, quando dizia que o drible é dispensável até se atingir a intermediária adversária.
Incontinenti, os selecionados europeus têm mostrado algo diferente que sugerem penetrações.
Aqueles que dispõem do talentoso, com discernimento do momento apropriado para o drible, este valioso recurso é colocado em prática.
E quando se desvencilha de um marcador, tudo clareia para sequência da jogada.
Evidente que isso demanda, além de recursos naturais de jogadores, treino. Muito treino, a fim de que a proposta seja colocada em prática.
Treino para se deslocar e sabedoria para usar o corpo na proteção da bola, diante da aproximação de defensor adversário.
Aí, o reflexo é indispensável para se antever a sequência do lance, de forma que possa prosperar.
Isso foi visto com nitidez através da França, Alemanha e Espanha, em seus jogos de estreia nesta Copa do Mundo.

DIFERENÇAS
Melhor para a Espanha, que soube aproveitar a fragilidade da Costa Rica para massacrá-la com o elástico placar de 7 a 0, na tarde desta quarta-feira, horário de Brasília.
E que golaço marcou o garoto Gavi, de 18 anos, que bateu de trivela na bola, de primeira, após cruzamento da esquerda, no quinto gol de sua equipe.
Já a Alemanha, notadamente durante o primeiro tempo, teve fluxo ofensivo exemplar, porém pecando nas finalizações, o que lhe custou caro, pois das três reais chances criadas pelo Japão, duas delas foram aproveitadas, na vitória por 2 a 1.
FRANÇA
A particularidade da França comparativamente aos demais europeus foi a capacidade de desarme.
A incidência neste quesito foi extraordinária, o que nos remete à lógica dedução que isso foi muito treinado, além, claro, do aspecto vocacional do atleta.
A capacidade de desarmes do selecionado francês fez lembrar tempos dourados de Campinas como Capital do Futebol (final dos anos 1970), quando Ponte Preta e Guarani eram excelência nos desarmes de jogadas.
Na Ponte, o volante Wanderlei Paiva, meia recuado Marco Aurélio e lateral-direito Jair Picerni raramente eram driblados, o mesmo ocorrendo no Guarani com o volante Zé Carlos e laterais Mauro Cabeção e Miranda, coadjuvados pelo atacante Bozó.
Antes desta leva, o Guarani contou com o zagueiro Amaral e volante Flamarion precisos nos combates a adversários.
Melhor que todos citados foi o saudoso volante Teodoro, na passagem pela Ponte Preta no final da década de 60 e meados de 70.
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