Campinas, SP, 19 (AFI) – Vida de jornalista que desbrava o mundo para acompanhar grandes eventos como a Copa do Mundo também passa por lojas e mercados, tanto para conhece-los quanto para alimentação diversa e mais acessível. Eu não perdi tempo e fui conhecer um supermercado perto do meu hotel e me deparei com diversas curiosidades bem diferentes da realidade a qual estamos acostumados no nosso dia a dia.

COPA DO MUNDO NO CATAR

De cara e óbvio para todos que acompanharam a expectativa do mundial no Catar, não existe nenhuma bebida alcóolica a venda. A diversidade na seção dos temperos é imensa, o que particularmente me encanta e me desafia. Assim o fiz e comprei pelo menos umas três opções, confesso que um deles acabei jogando fora por conta de ser terrivelmente forte.

A sessão de frutas, verduras e legumes é bem parecida com opções diversas, até que me deparo com frutas maravilhosas e com uma bandeira bem familiar. Melancias e melões do Brasil diante dos meus olhos o que me encheu de orgulho.

O tradicional amarelão que estamos acostumados a comer no Brasil saia por pouco mais de quarenta e dois reais o quilo. Comprei um que me custou trinta e cinco rial catariano e o seu sabor estava divino, bem molhadinho e doce.

Um ponto interessante que notei são os salgadinhos, daqueles de pacote que compramos no Brasil, mas aqui eles possuem tamanhos que chegam a setecentas gramas, o que deixa o pacote em tamanho “super família”.

Bem, de forma geral as sessões e divisões, produtos e diversidades, tudo é bem parecido e as peculiaridades apenas nos enriquece nessa rotina de desbravar novos países, culturas e hábitos.A crença no Catar é respeitada em hotéis, shoppings, estações de trem e até em estádios

HÁBITOS DO CATAR

O país que é sede da vigésima segunda Copa do Mundo não deixa de lado seus hábitos religiosos, nem mesmo durante a competição. O Catar é um país muito pequeno que conta com uma população de pouco mais de três milhões de habitantes, sendo eles em sua absoluta maioria composta por imigrantes de territórios próximos.

A religião local em sua absoluta maioria é adepta ao islamismo. Em 2010, a afiliação religiosa no país foi estimada pelo Pew Research Center como 67,7% de muçulmanos, 13,8% de cristãos, 13,8% hindus e 3,1% budistas. Outras religiões e pessoas sem afiliação religiosa representaram os restantes 1,6%.

O que percebemos no dia a dia andando pelas ruas e estações de Doha é que existe uma consciência institucional em respeitar e fomentar os hábitos religiosos com espaços específicos para todos.

As estações de metrô por exemplo possuem além dos banheiros masculinos e femininos a disposição de seus frequentadores, ainda pequenas mesquitas que ficam abertas o tempo inteiro.

Pelo hábito local as pessoas devem parar em até cinco vezes por dia para orações e isso se dá em qualquer local. Dentro dos quartos dos hotéis da cidade os hospedes se deparam com uma edição do alcorão e um tapete para que os mesmos possam se ajoelhar e realizares suas orações. Além disso no teto existe sempre um adesivo que aponta a localização em relação a meca principal.

No meu quarto por falta de um existe duas edições do livro sagrado do islã, um em árabe e outro em inglês. Confesso que me agrada este conceito de respeito pela religião nessa visita ao Catar para a Copa do Mundo, porém desconheço seus dogmas e simplesmente me reservo a definição de tolerar e acatar as culturas pelo mundo.

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