Alô torcedor bugrino: o que te faz lembrar 18 de novembro?

Foi exatamente naquela data que o Santos, moedor impiedoso de adversários, veio a Campinas jogar sob luzes de recém inaugurado refletores do Brinco de Ouro

Foi a noite em que todo quinteto ofensivo bugrino, assim denominado à época, balançou as redes do adversário. Placar histórico

Pelé na Seleção Brasileira
Sidnei Polli defendeu pênalti de Pelé (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 18 (AFI) – Pra balancear o espaço, na busca de assuntos sobre Ponte Preta, a coluna Cadê Você pergunta: cadê você Branco, lateral-esquerdo do time alvinegro de Campinas de 1994? Após um início que parecia triunfante, de repente o futebol dele se apagou.

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Na velhice é um tal de resmungar de dor aqui e dor acolá, mas até chegar ao peso da idade você, caro velho desportista, sentiu o prazer ao assistir deliciosas partidas de futebol, e conferir inimagináveis feitos de seu time.

Essa molecadinha que diz torcer para o Guarani, que sente prazer em marcar briga de rua com rivais da Ponte Preta, jamais pode supor o verdadeiro prazer do bugrino na quarta-feira de 18 de novembro de 1964, portanto, lá se vão 58 anos.

Foi exatamente naquela data que o Santos, moedor impiedoso de adversários, veio a Campinas jogar sob luzes de recém inaugurado refletores do Estádio Brinco de Ouro, quando até o otimista bugrino esfregou as mãos e torceu para que o seu time não ‘levasse bicho’, expressão usada à época como sinônimo de goleada.

Pois nos estertores daquele jogo, o antigo e manuseado placar eletrônico do Estádio Brinco de Ouro, atrás da arquibancada principal, mostrava o inacreditável: goleada do Guarani sobre o poderoso Santos de Pelé por 5 a 1.

Foi a noite em que todo quinteto ofensivo bugrino, assim denominado à época, balançou as redes do adversário.

Quinteto porque o chamado meia de armação também fazia o papel de atacante, caso de Américo Murolo, já falecido.

Foi o tempo em que a chamada linha de ataque tinha numeração obrigatória do sete ao onze, e não 49 e 83, por exemplo, como ocorre hoje.

Exceto o experiente Américo Murolo, que ataque de garotos revelados pelos juvenil bugrino: Joãozinho, Nelsinho, Babá e Carlinhos, que posteriormente foi brutalmente assassinado em sua residência, no bairro São Quirino.

Daquela leva, do setor defensivo, apenas o lateral-direito Osvaldo Cunha está vivo, aos 79 anos de idade e residente em sua cidade natal: Pedreira.

Já nos deixaram o goleiro Sidney Poli, os zagueiros Ditinho e Eraldo, o lateral-esquerdo Diogo e volante Ilton Porco.

Foi a noite em que a paradinha de Pelé, em cobrança de pênalti, não funcionou, com defesa de Sidney Poli, à época identificado apenas pelo prenome.

SANTOS DESCONTOU

E não é que aquela humilhante goleada sofrida pelo Santos custaria bem caro aos seus próximos adversários, e o Botafogo de Ribeirão Preto que o diga.

Sim, ele sofreu goleada santista por 11 a 0, no Estádio da Vila Belmiro, no sábado à tarde subsequente, oito gols de Pelé.

Até o Corinthians pagou pelo que não devia. Foi implacavelmente goleado pelo Peixe por 7 a 4, em ano de mais uma conquista de título daquela que foi a melhor equipe do futebol brasileiro de todos os tempos.

Por fim, teve outro 5 a 0 do Guarani sobre o Santos, em 1979, mas os tempos eram outros e aquele exultante placar sequer é lembrado até pelos bugrinos.

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