RUMO A DOHA, por Vicente Datolli

Nossa viagem rumo a Doha chega ao fim

Rumo a Doha coluna Vicente Datolli
Antes de partir para o Catar, Seleção se prepara em Turim (Foto: Lucas Figueiredo)

Campinas, SP, 15 (AFI) – Nossa viagem rumo a Doha chega ao fim.

Foram semanas compartilhando opiniões, informações e expectativas. Agora, estamos a poucos dias de ver a bola rolando nos gramados qataris.

Domingo, com Qatar x Equador, começa a Copa do Mundo.

Até lá, e por mais ou menos um mês (tudo irá depender do desempenho do time de Tite e seus comandados), teremos horas e horas de informações sobre o deserto, irão lembrar que é proibido beber álcool, dirão que provas públicas de afeto são desaconselhadas, que ocorreram muitas mortes de imigrantes durante as obras…

Uma overdose de Qatar.

CENÁRIOS POSSÍVEIS

Depois… Bem… Ainda que pareça loucura, tudo irá depender, de novo, do desempenho da seleção brasileira.

Se formos eliminados na primeira fase, o que é totalmente impensável para todos nós – e seria a pá de cal no projeto Tite de treinar um clube na Europa -, provavelmente só voltaremos a ouvir falar do país que receberá o Mundial como “uma triste lembrança” para o futebol brasileiro. Tipo um novo 7 a 1.

Brasil Rumo a Doha
Brasil estreia na Copa do Mundo no próximo dia 24, contra a Sérvia (Foto: Lucas Figueiredo)

Se, ao contrário, chegarmos ao hexa, daqui a um ano teremos toda a overdose qatari outra vez. “Foi aqui, com este camelo, que Neymar relaxou na véspera da grande final”, ou “a tecnologia empregada para refrigerar os estádios foi capaz de reduzir os impactos físicos entre os nossos jogadores”…

Copa do Mundo é assim mesmo: ou marca para sempre pelo bem, ou pelo mal.

CONTUSÕES PREOCUPAM…

Nesta reta final pré-Mundial, o que causa preocupação é a quantidade de jogadores contundidos nas diversas seleções.

A Sérvia tem problemas. Senegal tem problemas. O Brasil parece estar escapando, mas Marquinhos teve de ser poupado no início da preparação na Itália.

Aliás… As últimas informações dão conta que os jogadores brasileiros estão treinando a temperaturas próximas dos 10 graus Celsius em Turim. No Qatar, não encontrarão menos do que 30… Será que houve realmente um planejamento eficaz para essa escolha do local de treinamento ou quem diz que o treinador está de olho numa vaga na Itália é que está com a razão?

Melhor não pensar nisso agora.

Voltando a falar de problemas com jogadores contundidos, a seleção mais afetada até agora parece ser mesmo a da França. A França que está cotada para uma possível final contra o Brasil.

Será? E isso é bom para nós?

Bem… Tudo o que possa nos ser favorável é bom, não é mesmo? E não tem essa de “ter de ganhar dos melhores”. Temos é que ganhar, e ponto final – radical essa, não é mesmo?

NOSSA ÚLTIMA VITÓRIA

Lembrando que nossa última conquista de Copa do Mundo aconteceu em 2002, no Mundial realizado pela primeira vez na Ásia, quando Coreia do Sul e Japão dividiram a organização.

Desta vez temos o primeiro Mundial no Oriente Médio. Em um país sem tradição no futebol.

Em 2002, Felipão ganhou e depois sofreu em 2014; Tite (espera-se) está no caminho inverso: sofreu em 2018 e pode chegar à glória agora em 2022.

São duas décadas de diferença. Tempo quase tão grande entre os títulos de 70 e 94.

E, repito, nossa viagem chega ao fim. 

Até uma próxima e, nos próximos dias, curtam muito a Copa depois dessa jornada rumo a Doha.

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