Ponte Preta 'conseguiu' ser igual ao Náutico, no Recife

Mas a Macaca ganhou co um pênalti inexistente, bem cavado pelo garoto Eliel e cobrado por Léo Naldi, em seu primeiro e único gol nesta temporada.

Como foi um jogo marcado por pobreza técnica dos jogadores, a arbitragem do gaúcho Roger Goulart fez questão de acompanhá-los

Série B - Náutico 0 x 1 Ponte Preta
Ponte venceu na despedida da Série B. Foto: Rafael Vieira - FPF

Campinas, SP, 5 (AFI) – Deu sono ver esse jogo horroroso em que o fraquíssimo e rebaixado antecipadamente Náutico perdeu para a Ponte Preta por 1 a 0, no complemento da participação de ambos nesta Série B do Campeonato Brasileiro, na noite desta sexta-feira, em Recife (PE).

Como foi um jogo marcado por pobreza técnica dos jogadores, a arbitragem do gaúcho Roger Goulart fez questão de acompanhá-los, ao marcar pênalti inexistente, cavado pelo centroavante Eliel da Ponte Preta, aos 24 minutos do segundo tempo.

Goulart sequer quis rever a jogada no VAR, como também não foi chamado para a verificação. Assim, o volante Léo Naldi converteu a cobrança dois minutos depois das reclamações.

PÚBLICO NO ESTÁDIO

Em noite de coisas erradas, até a repórter da televisão quis brigar com as imagens, ao teimar que o público anunciado de 4.011 pagantes corresponderia àquele que estava no Estádio dos Aflitos, que teria proporcionado a renda de R$ 106.889, quando via-se claramente poucos torcedores nas dependências.

Ela desconsiderou a explicação do comentarista, ao informar que através do programa ‘Todos com a Nota’, do governo estadual de Pernambuco, torcedores podem trocar nota fiscal por ingressos e, desmotivados, teriam desistido de comparecer ao estádio.

E não é que a moça quis teimar com as imagens, reafirmando que lá estavam mais de quatro mil pessoas.

NÁUTICO HORROROSO

Embora modificado em relação aos titulares, os reservas do Náutico praticam um futebol tão ou mais horroroso ainda, a ponto de o time criar apenas uma chance de gol ao longo da partida, quase no final, em cabeçada do zagueiro João Paulo, com a bola passando perto da trave direita.

E precisava a Ponte Preta fazer o favor de nivelá-lo no quesito pobreza técnica!

Sobraram erros de passes, tentativas infrutíferas de dribles, jogadores tropeçando na bola, desarmes em excesso de ambos os lados e chutões.

Chances de gols da Ponte Preta ficaram restritas a duas.

Ainda no primeiro tempo, um chute rasteiro de Léo Naldi, no canto direito, para precisa defesa do goleiro Bruno Lopes.

Após o intervalo, Lopes, atento, defendeu cobrança de falta do lateral-direito Bernardo, e só.

PONTE POUPOU

O time pontepretano atuou com várias modificações, pois o treinador Hélio dos Anjos preferiu poupar titulares e dar chances para alguns reservas, visando observá-los e tirar a última conclusão se vale a pena preservá-los para a próxima temporada.

Foi mais uma oportunidade para o garoto Jean Carlos, lateral-esquerdo, sem que ocorresse absolutamente nada.

Recomendável, então, seria emprestá-lo para que possa ganhar experiência, e aí esperar o diagnóstico se o futebol dele vai progredir ou não.

CÁSSIO GABRIEL

Sem o meia Élvis, foi dado chance para o substituto Cássio Gabriel. Eis a questão: aponte uma jogada de visibilidade deste reserva?

Pelo visto, até Dos Anjos já tirou as suas conclusões, ao sacá-lo aos nove minutos do segundo tempo, pois ele não organizou nada.

E como pelas beiradas do campo a Ponte também não foi incisiva, o garoto Eliel, centroavante que ganhou mais uma oportunidade, sucumbiu, sobressaindo-se apenas pela simulação no lance do pênalti.

GOLEIRO PEDRÃO

Se havia pretensão de Dos Anjos avaliar o goleiro Pedro Rocha, identificado no grupo como Pedrão, não foi desta vez.

Exceto procedentes saídas da meta para socar a bola, não foi obrigado a praticar uma defesa sequer.

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