POR: LUCIANO LUIZ

Campinas, SP, 27 (AFI) – Tetracampeã mundial e uma das camisas mais temidas do mundo quando se fala de futebol, a Itália esta novamente fora da Copa do Mundo. Pela segunda edição consecutiva a “Azurra” não conseguiu se classificar entre as trinta e duas seleções.

O último fracasso aconteceu diante da Macedônia em uma derrota por 1 a 0 que tirou as chances do país ir para o Catar em busca do pentacampeonato, mas quem gosta de futebol, por mais que sofra por sua equipe ou seleção, busca algo para se apegar ou se distrair e assim estão fazendo os milhares e milhares de imigrantes italianos espalhados pelo mundo.

Torcida sempre fervorosa e apaixonada, os italianos em sua grande maioria deixaram as rivalidades de lado e depositam suas expectativas no hexa da torcida brasileira.

FALA, PAOLO BRANTINI!

O jornalista Paolo Brantini, radicado em Roma e entusiasta do futebol enxerga o cenário de simpatia para o Brasil como uma posição dúbia de seu povo. Desde a admiração de um futebol com características ofensivas e interação alegre entre campo e arquibancada, mas também um movimento silencioso de protesto diante da forma de atuar de sua seleção nos últimos anos e olha que em meio a dois fracassos nas últimas eliminatórias tem uma conquista de Eurocopa em 2021.

“Os nossos últimos títulos mundiais em 82 e 2006 tivemos campanhas irregulares, mas era claro a entrega dos atletas com a camisa da Azurra e além disso tínhamos jogadores com poder de decisão que se tornaram ídolos de nossa torcida. Nos últimos anos o que vemos é um bando de jogadores que perderam a essência do que significa vestir essa camisa e a importância que o futebol tem para seu povo”, declarou Paolo.

COLÔNIA

No Brasil a colônia italiana é imensa e por não terem sua pátria mãe no mundial os imigrantes depositam na seleção do Tite a esperança de comemorarem uma conquista no futebol. Regina Florente é neta de italianos e torcedora apaixonada de futebol, daquelas que frequenta estádios e grita o jogo inteiro. Durante a Copa do Mundo deixará seu amor pelo Palmeiras de lado e irá vestir a camisa da seleção brasileira, porém deixa claro que sua preferência está no uniforme azul que de alguma maneira a remete com o manto italiano que não verá desfilando no Catar. “Torcer, se abraçar, gritar, rir e chorar faz parte de nossa essência e mesmo com a Itália fora mais uma vez, temos no Brasil um sentimento de gratidão, de amigos e tantos familiares que nos leva a se vestir também com essa bandeira. Confesso que o meu coração fica pendendo mais para a Itália quando existe o confronto direto, mas o Brasil é meu país hoje e por ele vou torcer muito para o hexacampeonato”, declarou Regina.

TREINOS NA ITÁLIA PRÉ-COPA DO MUNDO

Para dar um tempero todo especial nessa relação de carinho e afeto entre esses países, a CBF decidiu que a Itália será o local onde a seleção fará seus últimos trabalhos antes de chegar no Catar. O Brasil fará treinamentos em Turim no Centro de Treinamentos da Juventus a partir do dia 14 de novembro.

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