Presidente do Sport chama Jorginho de 'lobo em pele de cordeiro'
O vice-presidente do Leão ainda disse que o Vasco adotou postura ''acovardada''
A diretoria do Sport lamentou e criticou duramente as cenas de violência no duelo contra o Vasco
A diretoria do Sport se mostrou inconformada com as cenas de violência no duelo decisivo com o Vasco, neste domingo, na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, e com o encerramento da partida antes dos minutos finais no estádio da Ilha do Retiro, no Recife.
O time pernambucano vencia até o fim do jogo, mas sofreu o empate aos 49 minutos do segundo tempo, graças a um gol de pênalti do atacante Raniel. O autor do gol comemorou provocando a torcida rubro-negra, que invadiu o gramado. Com a confusão, o jogo foi interrompido pelo árbitro Raphael Claus.
O presidente do clube pernambucano, Yuri Romão, detonou a postura de Jorginho, técnico da equipe carioca, em entrevista coletiva após o jogo. Os dois discutiram na beira do campo.
“O técnico do Vasco tem por hábito ser sempre o pastor. Não estou aqui querendo trazer nenhuma questão religiosa, longe disso, mas ele se mostra sempre o santo. Ele é o lobo em pele de cordeiro. Ele chegou com uma conversa mole, dizendo que era pai de família, avô, e que aquilo era um absurdo. Eu disse a ele que quem começou a confusão foi um atleta dele, que jogou uma cadeira em direção à torcida e inclusive mostrou a genitália. Ele que não venha com essa conversa mole. Eu já não gosto da figura dele, então começamos a bater boca”, disse Romão.
DIRIGENTES RUBRO-NEGROS CRITICAM PROVOCAÇÃO
O vice-presidente de futebol do Sport, Augusto Carreras, adotou um tom mais combativo na entrevista coletiva. O dirigente rubro-negro disse que o Vasco teve postura “acovardada” ao ficar dentro do vestiário e criticou a decisão de Claus de encerrar a partida.
“Quem garante a segurança é a Polícia Militar. O árbitro resolveu isso (interromper o jogo) de dentro dos vestiários. Ele teria que ter voltado ao campo para verificar as condições e ver o relato da polícia. Nem coragem para ir ao campo ele teve. O Sport estava pronto para voltar ao jogo. Quem não estava em campo era quem achava que o resultado estava de bom tamanho, bem conveniente e por isso permaneceu dentro do vestiário acovardado”, disse Carreras.
A marcação do pênalti a favor do Vasco precisou da ajuda do VAR. Claus não entendeu como penalidade, mas foi chamado ao monitor e viu o goleiro do Sport derrubar Alex Teixeira dentro da área. A marcação do pênalti irritou Carreras. “Você vê a cara de constrangimento do Raphael Claus quando ele se volta para o campo para marcar o pênalti, entristece a quem faz o futebol”.
Carreras disse que vai conversar com o setor jurídico do clube sobre os ocorridos no estádio para entender a estratégia a ser adotada. Bombeiros que trabalhavam na beira do campo chegaram a ser agredidos por torcedores.
“A diretoria do Sport não compactua com o que fez uma torcida específica, embora eles tenham sido provocados por pessoas que devem ser punidas e o clube vai cobrar uma punição veemente daqueles que praticaram o antijogo. Não foi só um jogador do Vasco que provocou isso não, foi mais de um. Quem dá causa é beneficiado. É lamentável”.
Criado no rival Santa Cruz, o atacante Raniel, do Vasco, foi o responsável por empatar a partida. A comemoração provocativa não foi bem vista pelos dirigentes do Sport, que colocaram na conta dos atletas do time carioca a invasão de torcedores no gramado.
“Você vê atletas que não tem o menor preparo para vestir a camisa de um time da grandeza do Vasco. Isso é coisa de moleque. A provocação partiu dos atletas. O torcedor pagou para viver um espetáculo, não para ver atleta jogando cadeira, balançando a genitália”, detonou Carreras.
Faltam três rodadas para o fim da Série B. O Vasco ocupa a quarta posição, com 56 pontos, enquanto o Sport é quinto, com 53. Sampaio Corrêa e Criciúma têm 52 pontos e serão adversários do time carioca nesta reta final.
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