Tite, 'faceirinho', diz que equilíbrio fará quinteto ofensivo do Brasil funcionar
"Equilíbrio. Equilíbrio. Equilíbrio. Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco"
Rotulado no passado de retranqueiro e conservador, Tite avisou que foi e é, na verdade, "faceirinho"
Rio de Janeiro, RJ, 21 – O quinteto ofensivo que Tite levará a campo contra Gana, nesta sexta-feira, no penúltimo jogo de preparação da seleção brasileira antes da Copa do Mundo do Catar, vai funcionar caso haja equilíbrio. A avaliação é do treinador, que entende valer a pena correr riscos ao escalar Lucas Paquetá, Neymar, Raphinha, Vinicius Junior e Richarlison juntos.
“Equilíbrio. Equilíbrio. Equilíbrio. Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco”, afirmou Tite em entrevista coletiva nesta quarta-feira, antevéspera do duelo com os ganeses, em Le Havre, na França. A escalação é ofensiva porque Tite recuou Paquetá para fazer a função de segundo volante ao lado de Casemiro, abrindo espaço para escalar mais um atacante.
“O Paquetá é um segundo meio-campista que te traz um senso de criatividade, mas ao mesmo tempo ele te traz um lateral-direito que te dá um equilíbrio defensivo. Ela é criação e gol os nossos objetivo, mas é ter ao mesmo tempo consistência. Nesse equilíbrio a equipe está mais perto de vencer”, justificou o técnico.
Rotulado no passado de retranqueiro e conservador, Tite avisou que foi e é, na verdade, “faceirinho”, termo comumente usado no Rio Grande do Sul. Ser um técnico faceiro denota, para os gaúchos, privilegiar o futebol ofensivo até em casos menos recomendáveis.
“Sou faceirinho. Eu fui campeão gaúcho com o Caxias jogando no 4-3-3. Ganhando de 3 a 0 do Grêmio do Ronaldinho. Campeão com o Grêmio contra o Corinthians por 3 a 1. Campeão com o Corinthians batendo todos os recordes”, lembrou Tite, dando exemplos para sustentar seus argumentos.
O talento desses jogadores, sobretudo dos atacantes, que transformou o desempenho da seleção brasileira, tem de ser valorizado, na visão do treinador. A prioridade é colocá-los em campo, mesmo que gere riscos.
“É da característica e do talento dos atletas, de uma nova geração, de técnicos da base reconhecerem. Que fizeram esses garotos amadurecerem, vestirem a camisa da seleção brasileira com tanta expectativa, responsabilidade e alegria. É Matheus Cunha, Antony, Vini Jr., Raphinha, Rodrygo”, ressaltou.
Outra novidade do treinamento foi a utilização de Eder Militão improvisado como lateral-direito. Danilo, especialista na posição, começa o amistoso entre os reservas.
“O Militão jogou de lateral, e vou pegar as palavras do Ricardo Rocha: nós temos um lateral que joga muito. Fui falar com ele (Militão) e ele falou: foi ali que me destaquei. Versatilidade, versatilidade ele tem. O campo fala, o campo fala”, explicou.
Depois de encarar Gana na sexta, o Brasil volta a jogar na terça-feira dia 27, quando enfrenta a Tunísia, em Paris, às 15h30 (horário de Brasília).
Ricado Magatti
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