Ex-goleiro da Ponte Preta celebra iniciativa da CBF com seminário antirracismo
O evento acontece nesta quarta-feira (24), na sede da CBF, no Rio de Janeiro
O ex-goleiro, ídolo na Ponte Preta e que fez história na luta contra o racismo no futebol brasileiro, não poupou elogios à CBF pela iniciativa em realizar o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência.
Campinas, SP, 24 (AFI) – O ex-goleiro Aranha, ídolo na Ponte Preta e que fez história na luta contra o racismo no futebol brasileiro, não poupou elogios à Confederação Brasileira de Futebol pela iniciativa em realizar o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência.
O evento acontece nesta quarta-feira (24), na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
“Não existe uma maneira de resolver um problema sem ser falando sobre ele. Acredito que é um momento especial para o futebol brasileiro dar esse pontapé, ainda mais pelo carro-chefe, pela entidade maior. Estamos iniciando um projeto que visa melhorar as condições não só dos atletas, mas principalmente dos torcedores brasileiros que são pessoas que compram ingressos, que tem amor pelo clube, mas que por muitas vezes não podem frequentar os estádios pelo desrespeito e insegurança. São coisas que a gente precisa resolver primeiro conversando e depois com ações”, afirmou o ex-goleiro.
LUTA CONTRA O RACISMO NOS ESTÁDIOS
Aranha teve destaque em clubes como a Ponte Preta, Santos, Atlético-MG, Palmeiras, entre outros. Em 2014, quando defendia a meta santista, foi vítima de racismo durante uma partida na Arena do Grêmio. O episódio ganhou proporção em todo o Brasil depois que câmeras de TV filmaram ofensas racistas ao goleiro vindas da torcida tricolor.
O ex-futebolista celebrou o fato de que esses episódios estejam sendo combatidos nos estádios.
”Eu não assisto mais futebol tem muitos anos já. Tenho trabalhado em outra frente, mas vejo com tristeza as manifestações racistas cada vez mais presentes. E vejo também com alegria, satisfação e otimismo o enfrentamento que está tendo. Está bem claro que as coisa mudaram e muitos dos desrespeitos que existiam no futebol vêm aos poucos sendo combatidos e anulados. Até pouco tempo atrás era muito normal a gente ver nos estádios as pessoas arremessando pilhas, chinelos nos jogadores. Os torcedores viam um como inimigo e não como rival. Inimigo, você mata e era o que estava acontecendo. Então, a gente tem sim que se reunir em prol das pautas importantes para a gente pode evoluir”, comentou Aranha.