Ponte Preta participou da entrega da Carta contra o Racismo no Esporte à FPF

Têm a expectativa que a FPF não apenas receba o documento como alinhe com os clubes ações para trabalhar na conscientização das pessoas

A Ponte Preta esteve presente na tarde da última quinta-feira na entrega da “Carta de Campinas contra o Racismo no Futebol”

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Ponte Preta presente na FPF (Foto: PontePress/DiegoAlmeida)

Campinas, SP, 29 (AFI) – A Ponte Preta esteve presente na tarde da última quinta-feira na entrega da “Carta de Campinas contra o Racismo no Futebol” ao presidente em exercício da Federação Paulista de Futebol (FPF), o ex-jogador Mauro Silva.

Assinado em cerimônia na Prefeitura de Campinas em maio deste ano, o documento é um compromisso para que sejam combatidas as ações de preconceito racial no esporte e recebeu contribuições – e tem centenas de assinaturas – de pessoas e entidades como movimentos antirracistas, clubes de futebol, universidades, secretarias municipais, comissões de direitos humanos, sindicatos,  vereadores, presidentes de partidos políticos e religiosos.

“Cada vez mais, no futebol e no mundo, não basta apenas não ser racista: é preciso ser contra o racismo e agir contra ele. A Ponte, até mesmo como primeira Democracia Racial do Futebol Brasileiro, sempre vai encapar esta luta”, destaca o vice-presidente alvinegro Jeronimo Tognolo Neto, que representou a Macaca no evento ao lado do advogado Tagino Alves dos Santos, primeiro negro eleito presidente do Conselho Deliberativo alvinegro, atualmente no segundo mandato.

FPF NA CONSCIENTIZAÇÃO

Tanto Tagino quanto Tognolo têm a expectativa que a FPF não apenas receba o documento como alinhe com os clubes ações para trabalhar na conscientização das pessoas, inclusive nas categorias de Base dos clubes. “Temos que atuar de maneira forte e intensa, para que as pessoas entendam que dignidade e caráter não são algo que dependem da cor da pele, assim como da religião, da orientação sexual”, complementa Tagino.

PONTE PRETA NO EVENTO

No encontro, a Secretaria Municipal de Esportes de Campinas foi representada pelo diretor José Ribeiro do Prado Neto. Também esteve presente Edna Almeida Lourenço, ativista do Movimento Negro e fundadora da Associação dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região (Armac). Uma das idealizadoras da carta, ela enfatiza a relevância da Ponte dentro do combate ao racismo.

“A Ponte Preta tem destaque especial neste movimento. É a primeira democracia racial do futebol e desde a sua fundação reconhece a capacidade do negro, lá no tempo de Migué do Carmo. Tivemos, inclusive, a honra de criar o selo dos Correios do Migué do Carmo para estimular, ainda mais os jovens que precisam conhecer a nossa história”, relembra.

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