RUMO A DOHA, por Vicente Datolli
Vicente Datolli analisa dois fatores da Seleção Brasileira; uma dentro de campo para a Copa do Qatar.
Outra já pensando no Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá.
Campinas, SP, 26 – Nossa conversa no Rumo a Doha desta semana vou falar de dois fatores da seleção brasileira. Um, de dentro de campo, que poderá influenciar diretamente a participação da Canarinho no Mundial do Qatar; outro; fora dos gramados, é o pensamento no futuro da equipe para o Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá.
Vamos começar pelo começo.
Domingo, dia 24 de julho, passei praticamente todo o dia no Parc des Princes, o estádio do Paris Saint-Germain. Não foi minha primeira visita ao mítico estádio (já estivera lá profissionalmente algumas vezes), mas, como costumo dizer, jornalista é sempre jornalista. Sendo assim, turistando com meus filhos, comecei a fuxicar sobre a situação de Neymar – e aí será o nosso primeiro fator.
Conversando aqui e ali, pude perceber que os funcionários e torcedores do time francês estão esperançosos com “o novo Neymar”. Desde que Christophe Galtier foi anunciado como o novo treinador, e fez questão de dizer que contava com o brasileiro para a temporada, o espírito “do menino Ney” mudou – e isso está evidente para todos na Cidade Luz, que vibram com a nova postura.
Na avaliação dos torcedores e funcionários, Mbappé deu um tiro no pé. Sua exigência de livrar-se do brasileiro serviu para estimular Neymar, que vem mostrando uma disposição que há muito não se via. E o camisa 10 da seleção brasileira conta com o irrestrito apoio de Messi nessa corrida – claro que, pensando em termos de Copa do Mundo, talvez tenhamos o argentino como rival, mas aí é outra conversa.
Então, falando clara e abertamente, Neymar hoje é, de novo, uma esperança para o PSG. E os franceses dizem, sem medo, que isso será bom para a seleção brasileira. Há quem garanta que esse Mundial do Qatar será “a Copa de Neymar”. Resta esperar para ver, lembrando que a Copa será mais ou menos no meio da temporada europeia, ou seja, Neymar chegará no auge de sua forma. Pelo menos na teoria.
O outro fator estará no banco de reservas.
Nesta terça-feira, às 14h25 (em Lisboa acompanhei ao vivo), Cuca respondeu a uma pergunta em sua coletiva de apresentação no Atlético Mineiro. Fez questão de dizer que voltava ao Galo “pelo Galo”. Lindo. Perfeito. Demonstração de amor ao clube onde conquistou tudo na temporada passada e, de repente, no dia de Natal, disse que não continuaria nesta temporada.
Só que um minuto depois, ou até menos, fez questão de afirmar que “um bom trabalho no clube leva à lembrança do seu nome”, referindo-se à seleção – as palavras não foram exatamente essas, mas o conteúdo não foge disso.
Perceberam a situação? Cuca, parado desde dezembro, voltou ao Galo, quarto colocado do Brasileiro, na luta pela Libertadores, assinou (ou melhor, não assinou) contrato até o fim do ano. E Tite já disse que sai da seleção brasileira após a Copa do Qatar… Em dezembro.
Ora, ora, ora… Uma boa campanha do Atlético Mineiro, no Brasileiro e na Libertadores, certamente alçará, de novo, o nome de Cuca às especulações de quem será o substituto de Tite. Se acontecerão (a boa campanha e seu nome ser ventilado pela CBF), só o tempo dirá.
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