Mozart foi fundamental na vitória bugrina diante do Cruzeiro
Podem creditar esta vitória do Guarani sobre o Cruzeiro por 1 a 0 à estratégia colocada em prática pelo seu treinador Mozart Santos. Neste jogo, mandou bem!
Pra quem se dispôs jogar por uma bola, o Guarani teve mais duas chances, ambas através do centroavante Lucão. Ele poderia ter matado.
Campinas, SP, 9 (AfI) – BLOG DO ARI – Podem creditar esta vitória do Guarani sobre o Cruzeiro por 1 a 0 à estratégia colocada em prática pelo seu treinador Mozart Santos.
Se tecnicamente sabia-se que o Cruzeiro é uma equipe mais qualificada, o que fazer então para brecá-lo na manhã/tarde deste sábado no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas?
Mozart estava convicto que apenas colocando em prática uma forte malha de marcação na cabeça da área de sua equipe seria a alternativa para se tentar evitar a derrota.
Logo, imaginou que jogando por uma bola até poderia vencer, e deu certo quando em cruzamento feito pelo meia Giovanni Augusto, pelo lado esquerdo, a bola atravessou toda extensão da área cruzeirenses, e de surpresa apareceu o lateral-direito Ludke para testá-la no canto baixo direito do goleiro Rafael Cabral, em vacilo do compartimento defensivo do clube mineiro, aos 12 minutos.
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MAIS DUAS BOLAS
Pra quem se dispôs jogar por uma bola, o Guarani teve mais duas chances, ambas através de seu centroavante Lucão, que havia entrado aos 26 minutos do segundo tempo, no lugar de Giovanni Augusto, que teoricamente era o homem mais avançado do time bugrino.
No primeiro lance, aos 37 minutos, em conclusão de cabeça, a bola tocou na trave e, na sobra, ele ainda finalizou e ficou a dúvida se ela teria transposto a risca fatal, mas o VAR sinalizou que não.
Depois, aos 55 minutos, Lucão arrancou livre de marcação, ficou cara a cara com o goleiro Rafael Cabral e chutou a bola nas pernas dele, talvez com percepção de que o lance estivesse impugnado, mas foi validado. Afinal, a posição dele foi considerada legal.
FORTE MARCAÇÃO
A estratégia montada por Mozart foi congestionar a cabeça da área de seu time com três volantes – Silas, Leandro Vilela e Eduardo Person -, e contando ainda com sucessivas recomposições do meia-atacante Maxwel, para fechar espaços do adversário.
Esse bloco de marcação tirou a liberdade do Cruzeiro para se organizar ofensivamente e, na prática, a equipe se resumiu a três chances para chegar ao gol, duas delas no primeiro tempo, devido à descuido dos zagueiros João Vitor e Derlan, que permitiram finalizações fracas de Breno e Edu, ambas defensivas pelo goleiro Kozlinski.
Depois, já aos 52 minutos do segundo tempo, em conclusão de Victor Leque, com a bola chocando-se no travessão.
No mais, o que se viu foi o Cruzeiro alçar bola à área bugrina, quase todas rechaçadas pelos homens de marcação.
Se durante o primeiro tempo havia descuido de marcação do lateral improvisado Lucas Ramon, pelo lado esquerdo, possibilitando que o ala Léo Pais, do Cruzeiro, ganhasse algumas jogadas pelo setor – porém sem continuidade -, houve correção do desajuste após o intervalo.
PEZZOLANO
Quando se viu diante de quadro que provavelmente não esperava, o treinador do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, não soube o que fazer.
Diferentemente de partidas anteriores, quando o Cruzeiro fazia jogadas de fundo, sem o lateral-esquerdo titular Bidu, a função tática de quem o substituiu, Rafael Santos, foi diferente, pois ora insistia em fechar por dentro, ora cruzava.
Demorou para Pezzolano perceber que não havia validade manter a equipe com três zagueiros contra um adversário que havia abdicado de atacar. E foi ‘sacar’ Zé Ivaldo, para entrada do ala Geovane Jesus, apenas aos 16 minutos do segundo tempo, pra fazer dobra com Léo Pais, quando o recomendável seria apostar em mais um atacante de área.
SEM CENTROAVANTE
Já o treinador Mozart, do Guarani, teve raciocínio lógico de abrir mão do centroavante de ofício para o início da partida, visto que o planejamento era explorar raros contra-ataques.
Assim, Giovanni Augusto teve liberdade para jogar avançado e também recuar pra buscar a bola, o que provocou desgaste esperado.
E por que Lucão para substituí-lo?
Como o Cruzeiro já estava com dois zagueiros, a intenção foi colocar Lucão para explorar eventuais espaços que pudessem surgir.
Se o plano tático do Guarani funcionou, a vitória serve para devolver confiança na sequência de jogos desta Série B do Campeonato Brasileiro.
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