Rio Preto completa 103 anos e homenageia família de Victor Bastos
Clube fez homenagens à família do saudoso Victor Brito Bastos, benemérito que doou a área do primeiro estádio do Rio Preto, que depois deu origem ao Riopretão.
Victor Brito Bastos foi farmacêutico, advogado, cartorário, vereador, presidente da câmara e prefeito municipal de São José do Rio Preto
São José do Rio Preto, SP, 21 (AFI) – Neste dia 21 de abril, o Rio Preto Esporte Clube, que tem como presidente o advogado José Eduardo Rodrigues, está completando 103 anos de existência e fundação. O Jacaré foi fundado no dia 21 de abril de 1919. Na sua trajetória, o clube esmeraldino já disputou em 2008, pela primeira vez, a elite do futebol paulista. Atualmente, o Verdão da Vila Universitária está na Terceira Divisão do Patamar Paulista – Paulista Série A3.
COM MÉRITOS E MAIS DE BASTOS
Neste contexto da passagem de mais um ano do clube rio-pretense, o benemérito Victor Brito Bastos e família são homenageados e lembrado por aquilo que fez pelo clube Glorioso. Foi através do saudoso Victor Bastos que o Rio Preto conseguiu dar o pontapé inicial para o clube ter um grande estádio, o Riopretão, que dá inveja há muitos clubes no cenário brasileiro. Ele doou a área do extinto Fortim da Vila, que depois foi vendido para a construção da atual praça de esportes do Jacaré.
O saudoso Victor Brito Bastos foi farmacêutico, advogado, cartorário, vereador, presidente da câmara e prefeito municipal de São José do Rio Preto com um mandato de cinco anos e seis meses. Era formado pela Escola de Pharmacia de Ouro Preto-MG.
Nos períodos de 1920 à 1968, o estádio do Rio Preto, levou-se seu nome numa iniciativa muito justo por parte da diretoria esmeraldina e agora com uma homenagem pela atual diretoria na gestão de José Eduardo Rodrigues. Crédito – Fotos: Muller Merlotto Silva.
VICTOR BRITO BASTOS
A primeira doação aconteceu no dia 14 de setembro de 1922, com registro de número 20.816. Na área foi construído o primeiro estádio, o Fortim da Vila com cláusula de reversão da área em benefício da família, caso o clube desocupasse o espaço doado, fato que ocorreu em 1964.
Com o falecimento do doador em 30 de agosto de 1945, os familiares herdeiros de Bastos, renunciaram os recursos provenientes da venda da área abrindo mão da cláusula de reversão. Com isso, permitiram que o clube pudesse, com este dinheiro, adquirir a área onde se localiza hoje, o Riopretão. Esta doação está no registro 20.816, no primeiro cartório de averbação 15.076, número 72.811\FLS. 237, lavrado em setembro de 1964 e registrado, então na época, pelo saudoso escrevente Gumercindo de Seta, em 10\09 de 1964.
TEM MAIS
Na oportunidade, a área foi vendida e com os recursos apurados, por Ulisses Jamil Cury, juntamente com Alcides Soler no dia 27\10\1964, escolheu e adquiriu em nome do clube a excelente área para a construção do estádio e a assinatura da escritura de transição 25.961, de compra de 68 mil M²(área de quase 5 alqueires).
Com isso, o estádio foi inaugurado em 1968, e durante 9 anos foi denominado como Riopretão, numa ausência de reconhecimento ao seu maior benemérito, cujo nome deveria de plano e automaticamente ser denominado e homenageado. Porém, esta é outra história e que com as atas da época de reuniões do Conselho Deliberativo e Diretoria e documentos no clube será melhor explicada historicamente esclarecida.
FALA, PRESIDENTE
“O Rio Preto chega aos 103 anos de existência como o clube mais tradicional do Noroeste Paulista, recheado de conquistas dentro e fora das quatro linhas. O Glorioso é, definitivamente, orgulho do futebol paulista. Em um momento onde a maioria dos clubes se resume a onze camisas, o Jacaré conta com um grande patrimônio invejável. Hoje, somos mais diferentes do que ontem, graças ao trabalho árduo de uma diretoria que tem como ideal sanear as finanças, quitando dívidas milionárias herdadas de uma desastrosa administração de 33 anos”, disse o presidente José Rodrigues.
Para o dirigente a ‘limpeza’ era necessária:
“Recuperamos a credibilidade e a honradez nas tratativas com fornecedores, empresários, atletas profissionais e prestadoras de serviços. O Rio Preto, agora remoçado por uma gestão honrada, profissional, dedicada e acima de tudo transparente. Neste 103 anos, os notáveis homens que contribuíram para que chegássemos até aqui, mais vivo do que nunca e movido por um amor sem fim, sem limites pelo nosso eterno Glorioso. Definitivamente, hoje ninguém vive do clube e sim todos nós vivemos para o clube. Avante, sempre, soberano. Nosso secular verde e branco, paixão permanente desta cidade maravilhosa, chamada São José do Rio Preto, onde nasci”, finalizou.