Ufa! Guarani se salva, mas não convence
Conjecturando-se hipótese de classificação do Guarani às quartas do Paulistão, a perspectiva de avanço em confronto com o Corinthians é remota.
No Guarani, por ironia do destino, o tão contestado volante Índio tirou o Bugre da agonia neste Paulistão, agora com a soma de 13 pontos.
Campinas, SP, 12 (AFI) – No Guarani, por ironia do destino, o tão contestado volante Índio tirou o Bugre da agonia neste Paulistão, agora com a soma de 13 pontos.
Foi dele, de cabeça, aos 39 minutos do segundo tempo, o gol que eliminou qualquer hipótese de rebaixamento, na vitória por 2 a 1 sobre a Ferroviária, na tarde deste sábado, em Campinas.
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Nem por isso há motivo para comemoração do torcedor bugrino, pois a pobreza técnica da equipe, e por extensão do jogo, não dá alento à próxima Série B do Campeonato Brasileiro, caso não haja reformulação.
Pode, quanto muito, o bugrino esperar que o time possa chegar à terceira fase da Copa do Brasil, em caso de vitória sobre o Vila Nova (GO), na próxima terça-feira, em Campinas.
Conjecturando-se hipótese de classificação do Guarani às quartas-de-final do Paulistão, a perspectiva de avanço em confronto com o Corinthians é remota.
ATÉ NA ESCALAÇÃO
Desta vez foi registrado erro até na escalação do time bugrino.
Mesmo considerando-se fase instável do volante Bruno Silva, o que o time teria a ganhar com o treinador Daniel Paulista colocando-o entre os reservas, para entrada do também volante Madson?
Como Madson e Índio são jogadores de contenção, com raros atrevimentos ao ataque, atribuição de organizar a equipe se restringiu ao meia Giovanni Augusto, visto que não havia progressão satisfatória dos laterais Ludke e Matheus Pereira.
Problema é que o treinador Daniel Paulista optou pela escalação do atacante Ronald no lugar de Júlio César, no lado esquerdo, enquanto Yago ficou na direita.
Com ambos bem abertos, houve distanciamento entre jogadores bugrinos.
Assim, ficou claro a desorganização da equipe, tanto que durante o primeiro tempo foi criada apenas uma oportunidade, e convertida através de Ronald, ao receber passe de Giovanni Augusto, aos 17 minutos.
FERROVIÁRIA
Apesar das claras limitações técnicas do time da Ferroviária, pelo menos taticamente esteve mais organizada durante o primeiro tempo, inicialmente com plano defensivo, mas usando melhor os lados do campo nas incursões ao ataque.
E numa dessas investidas, o lateral-esquerdo João Lucas foi ao fundo de campo, cruzou no primeiro pau, ocasião em que o atacante Orejuela explorou a desatenção do zagueiro João Victor para acertar cabeçada indefensável ao goleiro bugrino Kozlinski, aos 33 minutos.
Em lance seguinte, em investida ao ataque, João Vitor se contundiu e deu lugar para Darlan.
APÓS INTERVALO
Se após o intervalo não se observou melhoria no rendimento do time bugrino no aspecto técnico, pelo menos foi mais obstinado nos primeiros cinco minutos.
Foi o espaço em que Lukão ganhou jogada na raça e errou na finalização, para posteriormente o lateral-direito Ludke completar cruzamento do também lateral Matheus Pereira, quando foi exigida oportuna defesa do goleiro Saulo.
Depois disso, como as equipes careciam de criatividade, o jogo foi se arrastando até que o atacante Hygor, da Ferroviária, desperdiçou chance clara de gol, ao finalizar em cima do goleiro Kozlinski, aos 17 minutos.
NICOLAS CARECA
Além da desorganização tática da equipe bugrina, equívocos de conceitos do treinador Daniel Paulista na escalação, também não teve nexo tirar o único organizador da equipe – embora cansado -, caso de Giovanni Augusto, para entrada do centroavante Nicolas Carecas, contando, a partir dos 21 minutos, com dois atacantes enfiados na área adversária, na expectativa de salvação na bola aérea.
Embora o gol da vitória bugrina tenha sido de cabeça, a origem da jogada foi cobrança de escanteio no primeiro pau, com testada na bola de Lukão, resposta do travessão, e sobra para Índio conferir.
