CBF elabora documento com impactos da covid-19 nas temporadas 2020 e 2021
O trabalho da CBF com o protocolo sanitário para a covid-19 começou já em março de 2020
O trabalho da CBF com o protocolo sanitário para a covid-19 começou já em março de 2020
Campinas, SP, 02 – Após o término da segunda temporada do futebol brasileiro disputada em meio a pandemia do novo coronavírus, a Diretoria de Competições da CBF divulgou um balanço com os impactos da covid-19 nas 21 competições coordenadas pela entidade. O documento, intitulado O impacto da COVID-19 nas Competições CBF em 2020 e 2021, traz números, estatísticas e também lista as ações realizadas para que a bola pudesse rolar nos gramados do país.
O trabalho da CBF com o protocolo sanitário para a covid-19 começou já em março de 2020, assim que as competições do futebol brasileiro foram paralisadas. Foram cerca de quatro meses sem partidas, com a realização de seminários com infectologistas, pesquisadores de universidades e 142 médicos de clubes, além dos médicos das seleções principais, adulta e base.
GUIA MÉDICO
O resultado dessa intensa troca de experiências foi a publicação, em junho de 2020, do Guia Médico de Sugestões Protetivas para Retorno às Atividades do Futebol Brasileiro, por parte da Comissão Médica Especial da CBF, e, posteriormente, a elaboração da Diretriz Técnica Operacional para o Retorno do Futebol.
Este trabalho permitiu que as competições coordenadas pela CBF pudessem voltar a ser realizadas com a retomada da Copa do Nordeste, em 22 de julho de 2020, em formato especial na Bahia. Ela foi seguida pelo início dos Campeonatos Brasileiros das Séries A, B, C e D, das categorias de base, do Brasileiro Feminino A-1 e A-2, da Copa do Brasil e das demais competições coordenadas pela CBF.
Ainda em agosto de 2020, foi assinado um acordo entre a CBF, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais do Futebol (Fenapaf) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), que permitiu ajustes necessários no calendário de 2020, com consequências no de 2021. Destaca-se a redução, em caráter excepcional, do intervalo mínimo regulamentar entre partidas de um clube, além da supressão do período de férias e pré-temporada no início do calendário 2021. Em contrapartida, foi limitado o final da temporada 2021 de modo a permitir aos atletas e clubes o descanso e preparação para 2022.
PROTOCOLOS
Ao longo destas duas temporadas, um dos fatores que permitiu ao futebol brasileiro manter a realização de todas as suas competições foi um protocolo de saúde eficaz. Para se ter uma ideia, só em testes RT-PCR, imprescindíveis para a detecção da covid-19, foram mais de 230 mil, somando aí as competições coordenadas pela CBF e as seleções brasileiras. Mais de 200 clubes estiveram envolvidos neste procedimento, que permitiu a realização de 2.073 jogos só em 2021.
“Após desafios inéditos, com dois calendários (2020 e 2021) consecutivos e sem espaço para férias e pré-temporada entre eles, é motivo de orgulho para a CBF terminar o mês de dezembro de 2021 concluindo todas as competições previstas para os últimos dois anos. O foco na saúde e preservação de vidas foi assegurado durante todos esses últimos meses, enquanto se buscou o retorno seguro das competições e até mesmo, mais
recentemente, do público”, escreveu a CBF no documento.
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