ESPECIAL RACISMO: Impunidade do Brusque e caso Celsinho marcaram o ano de forma negativa
Clube foi unido com perda de pontos, mas STJD voltou atrás da decisão
Campinas, SP, 23 (AFI) – Infelizmente, no final de 2021 ainda é necessário falar sobre racismo e como esse comportamento é atraso e absurdo. Ao longo da temporada, a sociedade brasileira, que é racista, também chegou ao futebol. O caso mais famoso foi o do Celsinho, do Londrina, em jogo válido pela Série B, contra o Brusque, quando ainda de portões fechados, um dirigente do clube proferiu ofensas ao jogador, que ficou revoltado com a situação.
O time chegou a perder pontos ao longo do Campeonato Brasileiro da Série B, mas em julgamento no final do ano feito Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Brusque foi absolvido e os pontos foram devolvidos.
COPA DO BRASIL
Porém, não para por ai, recentemente, no jogo de volta da final da Copa do Brasil, na Arena da Baixada entre Atlético-MG e Athletico, torcedores do Furacão imitaram macacos e fizeram gestos relacionados à cor da pele para ofender os rivais.
OBSERVATÓRIO
Somente neste ano, 51 casos de injúria racial foram registrados no futebol brasileiro, segundo dados do Observatório da Discriminação Racial do Futebol. Ainda segundo a organização, desde 2014, mais de 200 denúncias de racismo foram registradas, mas só 40% dos episódios chegaram aos tribunais e apenas 60% destes tiveram punição dos envolvidos.
RESOLUÇÃO
EM 2022, com os torcedores presentes nas arquibancadas desde o início da temporada, esperamos que esse número diminua, que esse tipo de comportamento não tenha mais espaço e que cometer algum crime, seja de fato penalizado legalmente pelo que fez.
Racismo é crime e é uma das piores coisas que um ser humano pode ser.