Série B: Após permanência, Gilson Kleina não consegue esconder a emoção: "Pensei que não conseguiria"
A Ponte Preta bateu o Confiança fora de casa, chegando a 46 pontos e matematicamente não pode mais cair
O comandante da Macaca foi um dos grandes responsáveis pela reabilitação do time
Campinas, SP, 21 (AFI) – No sábado, a Ponte Preta bateu o Confiança por 1 a 0 e escapou matematicamente do rebaixamento para a Série C. Depois do apito final, o técnico Gilson Kleina se ajoelhou e agradeceu aos céus. O treinador ainda estava visivelmente emocionado após o jogo.
O treinador cumprimentou jogadores, comissão técnica e jogadores com muita euforia.
NEM DORMIU
O comandante assumiu que não conseguiu dormir na noite anterior ao jogo e disse que foi um grande alívio, pois não sabia se conseguiria.
“Eu não vou negar para vocês que tinha momento que eu ia para casa e não tinha resposta ou palavra para chegar no outro dia, como eu poderia conversar e mobilizar o grupo. Foram muitos processos. Fica o aprendizado para todos. Para mim foi um ano de muito aprendizado. A permanência para mim foi como um titulo, um sentimento de alívio, a responsabilidade era muito grande. Uma coisa que eu falei é que o trabalho é árduo, mas ele recompensa”, declarou.
QUE SIRVA DE LIÇÃO
Kleina ainda fez questão de dizer que todos os problemas deste ano sirvam de exemplo para a próxima diretoria que irá assumir o clube à partir da próxima temporada.
“Uma frase que perpetuei e falei quando cheguei é que naquele momento eu precisava da Ponte, e a Ponte precisava de mim. Por eu ter varias passagens, o que facilitou foi conhecer os corredores da Ponte. Sabe da cobrança, mas também do amor inexplicável da torcida. A paixão é inerente ao pontepretano. Isso facilitou meu trabalho, sempre agradecendo o trabalho de todos. Sozinho eu não teria tido esse êxito. Foram momentos muito difíceis, eu tinha anotado algumas coisas, durante a semana a gente pode conversar sobre os momentos mais difíceis. Dizer que se você não tiver uma energia, um entendimento de Ponte, vai ter muita dificuldade. De repente eu não fui na cabeça de alguns o primeiro nome, mas quando a Ponte me chamou, sabia que teria dificuldades, mas não poderia falar não pela Ponte. Essa é minha quinta passagem, em quase todas a a gente cumpriu a missão. Eu muitas vezes ia dormir e ficava me perguntando se eu iria entregar a Ponte na Série C. Isso não condiz com a relação que eu tenho com a Ponte. A reflexão tem que ser para todos, todos precisam crescer. A Série B, cada ano que passa, fica ainda mais difícil. É quase uma Série A disfarçada, com tantos times tradicionais na elite. Tenho certeza que aqueles que forem comandar já têm esse entendimento, tentar minimizar os erros para a próxima temporada. Avaliação que fica é que tem de agradecer e pedir união, foi o que o Ivan colocou, sem achar culpado, mas tentando mostrar o que é ser criado na Ponte” desabafou.
RECADO AO TORCEDOR
O Gilson fez questão de explicar ao torcedor os problemas que o elenco tinha no começo e como formou o time ao longo do campeonato
“Falar diretamente ao torcedor é só agradecer. Tem torcedor que às vezes não entende, olha só o resultado, mas muita coisa foi feita nesse processo. Trabalhamos com uma equipe em formação. Só depois de 12, 13 jogos que a gente começou a ter um time. Quando cheguei, o Ivan e o Rayan, por exemplo, estavam machucados, os atletas chegando necessitando de um período para entrar em forma. Sabemos do sofrimento do pontepretano, mas tenho certeza que a partir do ano que vem a Ponte tem de dar um passo à frente, mudar a mentalidade, parar com essa história que não alcança conquista. É fazer uma Ponte vitoriosa, uma Ponte campeã. Esse é o lema”, explicou.
ÚLTIMA PARTIDA
A Ponte encerra o campeonato contra o Coritiba , no próximo domingo, dia 28, às 16h, no Majestoso.