Atraso salarial atormenta a Ponte na reta final da Série B
Jogadores voltaram a fazer "greve de silêncio" contra o Botafogo
Campinas, SP, 12 (AFI) – No empate sem gols com o Botafogo, na última quinta-feira, no Moisés Lucarelli, o elenco da Ponte Preta voltou a fazer “greve do silêncio” por conta das pendências financeiras.
Após a partida, em entrevista coletiva, Gilson Kleina foi questionado sobre o assunto. O treinador disse que recentemente houve uma reunião do presidente Tiãozinho com o elenco.
“Nós temos que estar focado com o resultado de campo. A diretoria está fazendo todos os esforços. É questão de tempo para organizar. A transparência está fazendo a diferença. Nós não estamos negando nada, estamos falando no olho no olho. Tanto é que teve uma reunião e o presidente se posicionou com os atletas. E as coisas vão se resolver, é só questão de tempo”, afirmou o treinador.
Apesar de Gilson Kleina ter saído em defesa de Tiãozinho e demais integrantes da diretoria, os jogadores estariam insatisfeitos com as promessas não cumpridas pelos dirigentes pontepretanos.
Essa é a terceira vez que os jogadores adotam a “greve de silêncio” durante a Série B do Campeonato Brasileiro.
Dentro de campo, a Macaca está muito perto de atingir seu objetivo, que é escapar da Série C. Faltando três rodadas para o fim do campeonato, a Ponte Preta é a 14ª colocada, com 43 pontos, cinco a mais que o Londrina, primeiro da zona de rebaixamento. O Tubarão, inclusive, é o adversário de segunda-feira.
O QUE DISSE O CLUBE
Por meio de um comunicado divulgado pela assessoria de impresa durante o jogo contra o Botafogo, a diretoria da Macaca admite as pendências financeiras com o elenco.
“A Ponte Preta informa que os salários dos atletas neste mês está três dias atrasado e que a Diretoria Pontepretana está envidando todos os esforços para que o acerto seja feito o mais rápido possível. Importante deixar claro que até então os salários (CLT) estavam em dia.
Além disso, dos 39 atletas do elenco, onze recebem também direito de imagem. Com estes, há pendências que variam de um a três meses de direito de imagem em aberto (quando os vencimentos do atleta são compostos por salário e direito de imagem, o percentual da CLT é de no mínimo 60% e os direitos de imagem, no máximo 40%)”.