Presidente do São Paulo mostra otimismo sobre renovação com zagueiro e não garante argentino
Presidente aguardará final do campeonato para discutir a permanência de outros jogadores
São Paulo, SP, 09 – A possibilidade de o São Paulo ficar fora da próxima edição da Libertadores preocupa Julio Casares. O presidente são-paulino não escondeu o temor de que a equipe não jogue o torneio continental no ano que vem e detalhou as negociações para definir o futuro de atletas importantes do elenco, como o zagueiro Arboleda e o meio-campista Martin Benítez, adotando discursos diferentes para falar sobre os dois. Está otimista quanto à permanência do defensor, mas não garante a continuidade do argentino no Morumbi.
“A prioridade nossa é terminar o Brasileirão com o máximo de pontos possível. Sem traçar uma meta. O sonho dourado seria chegar à Libertadores, mas no atual momento temos que somar ponto jogo a jogo”, disse Casares em entrevista após o sorteio dos grupos do Paulistão 2022.
Ele vislumbra o planejamento do ano que vem, mas reforçou que o que mais importa, no momento, é terminar o Brasileirão em alta. O time soma 37 pontos e ocupa o 14º lugar, distante dez pontos do Corinthians, última equipe dentro da zona de classificação à Libertadores no momento.
“O São Paulo tem que enfrentar essas dificuldades de conseguir pontos no jogo a jogo e, ao mesmo tempo, depois que superar e finalizar o Campeonato Brasileiro, nós vamos ter que sentar junto com a comissão técnica, com o Rogério, e discutir o nosso planejamento para 2022”, pontuou.
E AS RENOVAÇÕES?
O dirigente falou sobre as negociações para renovar os contratos de Arboleda e Benítez. O zagueiro equatoriano tem vínculo com o clube até junho de 2022, enquanto que o meia argentino está emprestado pelo Independiente até o fim desta temporada, com a opção de compra fixada em R$ 16 milhões.
“Arboleda é um grande jogador, queremos a permanência e já fizemos algumas reuniões. Ele vai disputar jogos nas Eliminatórias, esperamos continuar as reuniões assim que voltar. Nossa expectativa é que ele continue, mas dentro da nossa realidade financeira”, salientou Casares. “Se encaixar, o grande jogador que ele é, a valorização que vamos fazer, não tenho dúvida que ele continua no São Paulo”, acrescentou.
Sobre Benítez, o presidente são-paulino limitou-se a dizer que “é um grande jogador, mas toda questão de atleta vai depender da análise do técnico e comissão técnica”. Ele admitiu a necessidade de vender atletas para equilibrar as finanças do clube, ainda muito impactadas pela pandemia de covid-19.
“Todo equilíbrio financeiro dos times do Brasil ainda depende de venda de jogadores. Infelizmente, esse ano que está terminando, a janela foi muito fraca. Ficamos sem dinheiro da janela de transação e sem bilheteria, que contribuiu. A venda de jogador é pauta em qualquer time do Brasil, e não será diferente no São Paulo”, ressaltou.
Casares comemorou o crescimento de 50% da receita do marketing em comparação à do ano passado e reafirmou que trabalha para reorganizar o São Paulo na parte financeira e administrativa. “Isso leva tempo”, frisou. “Em 2022 ainda teremos dificuldade, mas começamos a vislumbrar um 2023 melhor e um 2024 promissor”, projetou o dirigente.