Com homenagem de Galvão Bueno e presença de Levir Culpi, Sucupira é velado na Arena da Baixada
Sucupira faleceu neste domingo após complicações causadas por uma cirurgia no pulmão
Curitiba, PR, 08 (AFI) – Foi velado na manhã desta segunda-feira, na Arena da Baixada, o ex-jogador Sucupira, que faleceu após complicações causadas por uma cirurgia no pulmão. Ele é considerado o maior ídolo da história do Athletico, sendo o artilheiro do clube com 158 gols marcados.
O velório contou com diversas homenagens, incluindo uma coroa de flores mandada pelo narrador Galvão Bueno. Várias celebridades compareceram no velório, dentre eles, o técnico Levir Culpi.
“É um dia muito triste. O Sicupira era muito brincalhão. Todo mundo gostava de estar junto. Ele deixou um legado de amizade e de relacionamento, que ficou marcado. Quem se chama Sicupira? Ele é um cara único”, falou o treinador ao UmDois Esportes.
Muitos torcedores também compareceram à Arena da Baixada para despedir do artilheiro. O ex-jogador e agora treinador Tcheco também falou sobre o maior ídolo do Furacão.
“Sicupira é daquelas pessoas que você nunca vai achar alguém falando mal dele. O meu pai, que vinha aos jogos com o meu avô, falava dos ídolos do nosso estado. Ele é uma lenda, um mito. Fico feliz por terem feito homenagens em vida a ele”, concluiu.
MAIS DE SUCUPIRA!
Nascido em família de classe média alta em dez de maio de 1944, Barcímio Sicupira Júnior pode ser considerado o maior jogador da história do futebol do Paraná, onde começou no extinto Ferroviário nos anos 1960.
O sucesso no Ferroviário foi tão expressivo, que foi para o Botafogo-RJ onde jogou com craques como Manga, Gérson, Jairzinho, Garrincha, entre outros.
TAMBÉM JOGOU NO BOTAFOGO DE RIBEIRÃO PRETO
Apesar de ter ido bem no time carioca, acabou deixando o Rio de Janeiro para atuar no Botafogo de Ribeirão Preto, onde continuou fazendo sucesso e participando de conquistas expressivas do time ribeirão-pretano no final dos anos 1960.
“O CRAQUE DA OITO” IMORTALIZADO NO ATHLÉTICO PARANAENSE
Mas sua carreira de jogador ficou imortalizada quando chegou ao Atlhético Paranaense, sendo o principal jogador da história do clube, onde jogou por doze anos e ficou batizado de “O craque da Oito”, tendo anotado 158 gols.
Em 1972 chegou a ter uma rápida passagem pelo Corinthians, atuando emprestado. Mesmo com propostas de grandes equipes, Sicupira sempre optou em continuar em Curitiba e vestir a camisa do Athlético.
Após encerrar a carreira de jogador, no final dos anos 1970, Sicupira chegou a ser rapidamente treinador e dirigente do próprio Athetico Paranaense e até do Colorado (hoje Paraná Clube), mas acabou optando em trabalhar na crônica esportiva.
SICUPIRA VIROU COMENTARISTA DE TALENTO E FAMOSO TAMBÉM NO MICROFONE
Da mesma forma que Sicupira foi craque nos gramados, também fez sucesso como comentarista esportivo, seja na televisão, seja, principalmente, no rádio. Nos últimos 35 anos, ele atuou como analista esportivo das principais emissoras de Curitiba, notadamente na Rádio Banda B (AM 550), referência na radiofonia esportiva brasileira, tendo participado de coberturas internacionais, inclusive de Copa do Mundo.
“Pessoas como Sicupira não deveriam morrer. Além de ter tido o privilégio de vê-lo jogar, tive o privilégio de comandar o “Mesa Redonda”, na TV CNT, onde o Sicupira se destacava. Além de um ótimo em tudo que fazia, era um ‘figuraço’ e dono de um caráter irretocável”, comentou Fernando Gomes, emocionado, em depoimento à Rádio Banda B.