Thiago Silva defende Neymar e diz que atacante do PSG sabe que pode render mais

O zagueiro já havia usado as redes sociais para apoiar o atacante que, no jogo contra a Colômbia, ultrapassou Pelé e Djalma Santos em número de vezes que defendeu a Seleção Brasileira

Thiago Silva na chegada a Manaus

Campinas, SP, 12 – Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, em Manaus, o zagueiro Thiago Silva defendeu Neymar das críticas que o atacante vem recebendo da imprensa, disse que as cobranças são exageradas e afirmou que o camisa 10, ciente de que pode render mais, tem se cobrado para apresentar um melhor futebol. Líder nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil enfrenta o Uruguai nesta quinta-feira, na Arena Amazônia.

“Claro que ele se cobra muito, A gente sabe também que tem que fazer melhor, jogar melhor, ter um entrosamento melhor. Ele sabe que não fez um jogo de Neymar, ele tem essa autocrítica. Mas a cobrança não é de acordo com o que faz dentro de campo e sim fora dele. Fica uma cobrança muito forte de coisas que não têm nada a ver”, afirmou o zagueiro sobre a pressão que Neymar vem recebendo da imprensa.

Thiago Silva já havia usado as redes sociais para apoiar o atacante que, no jogo contra a Colômbia, ultrapassou Pelé e Djalma Santos em número de vezes que defendeu a Seleção Brasileira. No entanto, a marca atingida, que coloca o atacante entre os cinco jogadores que mais entraram em campo com a amarelinha, ficou ofuscada pela apresentação apagada no 0 a 0 contra os colombianos.

Ainda na entrevista, Thiago usou a própria trajetória para defender o companheiro. O zagueiro, que completou 100 jogos com a Seleção e é o mais experiente da equipe de Tite, com 37 anos, lembrou de quando sofreu com a pressão para ganhar a Copa do Mundo no Brasil. “Eu passei por momentos semelhantes, principalmente depois da Copa de 2014. Fui tachado de chorão, de psicológico fraco. Coisas que vão te machucando e você sabe que não é”, disse o defensor.

“Espero que ele não perca essa alegria. Ele (Neymar) é um moleque super especial. Quando está alegre fazendo o que gosta, sempre dá conta do recado e desempenha o que sempre desempenhou. É melhor para a nossa Seleção”, afirmou Thiago, que foi colega de Neymar no PSG.

O próprio Neymar já vinha demonstrando desconforto com as críticas da imprensa em entrevistas após as partidas. Na vitória sobre o Peru, no mês passado, em que o atacante marcou um gol e deu uma assistência, o craque desabafou: “Não sei mais o que faço com essa camisa para a galera respeitar o Neymar”, disse o jogador, que criticou a forma como a imprensa – não citou nomes – o estava tratando. Na ocasião, Neymar estava sendo questionado pelo seu físico e por, supostamente, estar acima do peso.

As atenções sobre o craque ganharam ainda mais holofotes depois que no último domingo,10, se tornou pública uma declaração do craque em que ele afirma que a Copa de 2022, no Catar, poderá ser o último Mundial que vai disputar por não saber se terá “mais condições, de cabeça, de aguentar o futebol”.

“Vou fazer de tudo para chegar muito bem, fazer de tudo para ganhar com meu país. Para realizar o meu sonho desde pequeno e espero poder conseguir”, disse o atacante do PSG, em entrevista ao documentário Neymar Jr. and The Line Of Kings, da DAZN”.

TROPEÇOS QUE DÃO FORÇA
Thiago admite que o Brasil não apresentando o futebol que a torcida espera. Mesmo assim, o zagueiro defendeu Tite e a equipe por estarem conseguindo os resultados necessários. “Temos sido criticados pela forma que jogamos. O momento não é dos melhores, apesar dos resultados positivos”, afirmou o veterano, que completou: “Estou feliz pois estamos na direção certa. Não temos que ficar pensando no passado, mas sim tentar resolver o que podemos resolver.”

Thiago também valorizou o trabalho de Tite afirmou que os jogos ruins podem ser usados como combustíveis para melhorar a equipe.”O Tite está tendo uma tarefa muito grande de escolher os 23 [jogadores]. Tanto que já fez mais de cento e poucas convocações de jogadores novos. Tem o leque de opções, mas tem que escolher os 23. Embora não tenhamos jogado super bem, estamos no caminho das vitórias. Os tropeços nos dão forças. Faz com que criemos uma casca mais forte. Estamos passando por essas etapas e vamos chegar firmes e fortes no Catar”.

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