Clubes europeus criticam Fifa por não fazer consulta sobre Copa a cada 2 anos

Na próxima semana, no dia 30, a Fifa vai realizar uma "cúpula online" e quer ouvir as suas 211 federações membro sobre este projeto

ECA representa 247 clubes e é liderada pelo presidente do Paris Saint-Germain, o empresário catariano Nasser Al-Khelaifi

Nasser Al Khelaifi
Duro na queda. (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 24 (AFI) – A Associação Europeia de Clubes (ECA, na sigla em inglês) exigiu nesta sexta-feira da Fifa “um acordo” sobre a reforma do calendário internacional, lembrando a entidade de suas obrigações e lamentando “a ausência de uma verdadeira consulta” sobre o seu projeto de realizar uma Copa do Mundo a cada dois anos. Em um comunicado oficial, se diz totalmente contra a ideia.

“O novo projeto da Fifa teria um impacto direto e destrutivo no futebol e colocaria em risco a saúde e o bem-estar dos jogadores. A ECA acompanha com grande preocupação a campanha lançada pela Fifa. Não existiu qualquer consulta real aos clubes e isso é uma violação direta e unilateral de certas obrigações legais”, defendeu a associação, que representa 247 clubes e é liderada pelo presidente do Paris Saint-Germain, o empresário catariano Nasser Al-Khelaifi.

ACORDO!

A ECA acrescentou ainda que é “urgente negociar e chegar a um acordo conjunto” com a Fifa para a reformulação do calendário internacional, com menos janelas para as seleções nacionais.

“Somos favoráveis à redução do número de janelas internacionais – semanas em que os jogadores deixam os seus clubes para se concentrarem com suas seleções nacionais -, mas não para uma Copa do Mundo a cada dois anos”, informou.

Além da ECA, também o presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, e a Conmebol, através de seu mandatário, o paraguaio Alejandro Domínguez, demonstraram que são contra a realização de um Mundial de dois em dois anos.

Na próxima semana, no dia 30, a Fifa vai realizar uma “cúpula online” e quer ouvir as suas 211 federações membro sobre este projeto, que tem sido publicamente defendido pelo seu diretor de desenvolvimento, o francês e ex-treinador Arsène Wenger.

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