Eliminatórias: Arena do Corinthians é talismã da seleção brasileira para duelo com a Argentina
Brasil atua muito bem quando está no estádio corintiano. Neste domingo não poderá ser diferente
São Paulo, SP, 04 – A seleção brasileira dá sequência à sua participação nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 neste final de semana recebendo a Argentina na Neo Química Arena. E o cenário não poderia ser mais animador. Diante do maior rival do continente e também vice-líder do torneio, nada melhor do que medir forças em um território onde a equipe nacional só colecionou vitórias.
Na tabela das Eliminatórias, a lógica dita o andamento dos postulantes à uma vaga para a Copa do Mundo do Catar. O Brasil venceu seus sete compromissos e lidera a classificação com folga. Os argentinos vêm em segundo, continuam invictos, mas já empataram três vezes. Assim, seis pontos (21 a 15) separam as duas equipes na classificação.
Diante de um embate tão tradicional, o histórico entre o estádio corintiano e a seleção surge como um ponto a favor. A arena, que já recebeu partidas da seleção em Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Copa América e Eliminatórias jamais viu o Brasil deixar o campo amargando empate ou derrota em cinco jogos realizados.
O INÍCIO DA HISTÓRIA
Essa trajetória teve início em 2014, quando a Copa do Mundo foi sediada no Brasil. Palco do jogo de abertura em que a seleção venceu a Croácia por 3 a 1, de virada, o estádio foi testemunha não só de um jogo tenso, mas também de vaias com conotação política. Dilma Rousseff, então presidente do Brasil, foi vaiada ao chegar no estádio. Os xingamentos se repetiram logo após a execução do hino nacional.
Em campo, o susto tomou conta da torcida quando o lateral Marcelo abriu o placar. Mas com um gol contra. Neymar se encarregou de virar a partida marcando duas vezes e Oscar decretou o 3 a 1 no primeiro jogo da seleção no estádio situado no bairro de Itaquera.
A seleção brasileira retornaria ao palco corintiano dois anos depois para uma nova exibição. A exemplo de 2014, o Brasil novamente era sede de uma competição de vulto mundial (Jogos Olímpicos do Rio). Em duelo válido pelas quartas de final do torneio, a equipe do técnico Rogério Micale contou com os gols de Neymar e Luan para derrotar a Colômbia por 2 a 0 e se garantir nas semifinais, numa campanha que teria o ouro olímpico como desfecho.
TALISMÃ CONFIRMADO
A terceira vítima que sucumbiu à força da seleção no alçapão corintiano foi o Paraguai. Em 2017, o rival sul-americano encarou o Brasil, que já era comandado pelo técnico Tite. As duas equipes se enfrentaram pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 e os brasileiros confirmaram o favoritismo. O triunfo de 3 a 0 veio com gols de Philipe Coutinho, Neymar e Marcelo e ajudou o Brasil a confirmar a sua vaga para o Mundial que foi disputado na Russia.
O retorno da seleção ao estádio corintiano voltou a acontecer sob clima de desconfiança em 2019, pela Copa América. Mandante na competição, o Brasil vencera a Bolívia na estreia no Morumbi, mas decepcionou ao ficar no 0 a 0 com a Venezuela em Salvador.
TITE CORINTIANO
O técnico Tite, que teve uma passagem vitoriosa no comando do Corinthians, chegou a pedir o apoio do torcedor corintiano para a terceira partida. A sintonia entre a Arena e a equipe acabou sintetizada no placar: um sonoro 5 a 0 sobre os peruanos.
Casemiro, Roberto Firmino, Everton, Daniel Alves e Willian foram os responsáveis pela goleada. O jogo acabou servindo como um divisor de águas para a seleção, que levantou o título da Copa América na decisão contra o Peru, no Maracanã.
O capítulo mais recente envolvendo time e estádio foi na estreia da seleção nas Eliminatórias para a Copa de 2022. O confronto teve a Bolívia como vítima e o saldo foi um nocaute de 5 a 0 em outubro do ano passado. A goleada foi capitaneada por Roberto Firmino (dois gols). Marquinhos, Philippe Coutinho e Carrasco (contra) balançaram a rede.
O próximo episódio tem data e hora marcada para ser escrito. E diante do maior rival da seleção brasileira, a torcida é que essa relação harmoniosa ajude o Brasil a manter de pé esse desempenho marcado só por vitórias na arena corintiana.
Toni Assis, especial para a AE
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