Falhas e 'frangaços' do goleiro Ivan têm se repetido na Ponte Preta
Derrota para o 'campeão simbólico' passa por cinco aspectos. Veja aqui!
Primeiro que o repertório do Coritiba é melhor, sem que isso signifique brilho
Ponte Preta e erros repetidos. Contextualização desta derrota da Ponte Preta sobre o Coritiba por 2 a 0, na noite desta terça-feira na capital paranaense, passa necessariamente por cinco aspectos.
Primeiro que o repertório do Coritiba é melhor, sem que isso signifique brilho.
Segundo porque pontepretanos esperavam repetição do futebol insinuante e de oportunismo do meia-atacante Fessim, verificado contra o Confiança, mas na prática acabou absorvido até com facilidade pela marcação.
Terceiro: quando o Coritiba marcou pressão saída de bola nos primeiros 20 minutos, induziu a Ponte Preta à volta dos erros de passes, só amenizados quando o mandante optou por recuar as linhas, ainda no primeiro tempo.
Quarto: compartimento defensivo não poderia repetir falhas rotineiras de partidas anteriores, mas repetiu, principalmente o goleiro Ivan, culpado direito do primeiro gol, e precipitação no salto para o canto errado por ocasião do segundo gol.
Quinto: dependência quase exclusiva de jogadas ofensivas através de Moisés, o que na prática é muito pouco, principalmente quando o adversário duplica a marcação sobre ele, como ocorreu no segundo tempo desta terça-feira.
REATIVA
Proposta inicial da Ponte foi reativa, de linhas baixas, exatamente pra tentar surpreender o Coritiba em contra-ataques, puxados por Moisés.
Foi assim quando ele serviu Rodrigão logo aos quatro minutos e o chute foi pra fora, e depois aos 20 minutos, ao se desvencilhar, por último, do zagueiro Henrique, mas o chute parou na precisa defesa do goleiro Wilson.
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IVAN
Ali a Ponte já estava em desvantagem no placar, pois Ivan aceitou chute de longa distância do meio-campista Val, do Coritiba, aos oito minutos.
E ao sofrer impacto do gol, a Ponte possibilitou que o Coritiba continuasse rondando a sua área, sem contudo criar oportunidades.
Assim se esgotou o primeiro tempo sem que ela também ameaçasse o adversário.
WAGUININHO
A monotonia do segundo tempo só foi quebrada aos 24 minutos, quando a Ponte ofereceu contra-ataque ao Coritiba, através de Igor Paixão pela esquerda.
E quando a bola chegou aos pés de Waguininho, bastou um chute fraco, no canto esquerdo, para deslocar o goleiro Ivan.
O futebol é tão caprichoso pois Waguininho, figura até então decorativa, marcou o gol que selou a sorte da partida, tirando qualquer possibilidade de reação da Ponte Preta, que tinha em Rodrigão uma nulidade no ataque, enquanto as entradas de Camilo, João Veras e Iago – ainda no primeiro tempo – em nada acrescentaram à equipe.
LENTO E PREVISÍVEL
Apesar da vitória e término do primeiro turno desta Série B do Campeonato Brasileiro na liderança, com 36 pontos, nem de longe a atuação do Coritiba serviu para justificar a campanha.
A vantagem de contar com jogadores experientes possibilita compactação, acertos em passes e relativa segurança defensiva através da dupla Henrique e Luciano Castán, mas de certo o treinador paraguaio Gustavo Morínigo precisa repensar estratégia de jogo.
Aquele toque de bola lento e previsível facilita marcação bem ajustada do adversário.
Raramente se vê no Coritiba o estilo vertical, com jogadas de velocidade pelos lados do campo.
Diante do cenário, caso a estratégia não seja revista circunstancialmente, não se dá pra assegurar que o clube vai repetir, no segundo turno, campanha com pontuação semelhante.