O técnico que faz a diferença

O primeiro amistoso da Seleção Brasileira em 2007, era aguardado com uma expectativa muito positiva. Afinal Brasil e Portugal, jogando em Londres despertava a atenção do mundo todo

O primeiro amistoso da Seleção Brasileira em 2007, era aguardado com uma expectativa muito positiva. Afinal Brasil e Portugal, jogando em Londres despertava a atenção do mundo todo. Foi um amistoso somente para a história das 2 seleções, porque dentro das 4 linhas o que vi, foi um clima muito quente. Jogo de campeonato mesmo.

O juiz inglês, que normalmente apita poucas faltas e quase não dá cartões amarelos no campeonato local, teve muito trabalho. Jogadas ríspidas, algumas até violentas de ambas as partes. Foi um jogo com predominância dos sistemas defensivos.

Felipão colocou Portugal no 4-4-2, variando para o 4-3-3, com pelo menos um atleta bem aberto por uma das pontas. Dunga no 4-4-2 clássico com 2 volantes, Edmilson e Gilberto Silva e 2 meias de armação com Kaká e Elano. Foi um jogo de boa movimentação. Cristiano Ronaldo é um atleta espetacular. Quando está com a bola no pé, parte pra cima dos adversários e quase sempre leva vantagem.Sofre muitas faltas. Ele é muito agudo, assim como é Kaká com suas passadas largas. Duelo à parte foi o que proporcionaram os técnicos gaúchos Dunga e Felipão.

O primeiro, inexperiente e sem ao menos ter dirigido um time qualquer, colocou o time em campo e fez várias substituições. Acredito que elas já estavam planejadas. A Seleção Brasileira foi mais à base do individualismo, da qualidade de cada um.

Felipão me surpreendeu, colocando Portugal no ataque, pela variação tática durante o jogo.A sua postura em campo mostrou que ele estava se ocupado só com o que acontecia em campo, ao passo que Dunga estava mais pra desfile de moda com sua camisa transadíssima. Acredito também que o técnico brasileiro está esquentando o banco porque depois da Eurocopa, em 2008, o técnico da Seleção Brasileira será aquele que fez a diferença na vitória de Portugal sobre o Brasil por dois a zero: Luiz Felipe Scolari, o “Big Phil” como o chamam os ingleses.