Olimpíadas: Hebert Conceição revela 'loteria' no terceiro assalto: 'Acreditei até o fim'

Ele venceu por nocaute técnico, a 1min29 do terceiro assalto, após acertar espetacular gancho de esquerda

Baiano, de 23 anos, Hebert também falou da emoção ao receber a medalha

Hebert Conceicao 2

São Paulo, SP, 07 – O choro descontrolado e o beijo emocionado na medalha de ouro no pódio de Tóquio representaram toda a tensão sofrida pelo boxeador Hebert Conceição na final da categoria dos pesos médios (até 75 kg) diante do ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, a 1min29 do terceiro assalto, após acertar espetacular gancho de esquerda. Em entrevista, o brasileiro revelou sua estratégia para buscar a vitória, mesmo depois de ter perdido os dois primeiros assaltos.

“Eu tinha perdido dois rounds, tinha mais um, apesar de a pontuação ser adversa eu sabia que em 3 minutos dava para reverter com um nocaute. Se vocês perceberam no começo do round eu já fui para uma luta franca e falei, ‘se tomar nocaute aqui não interessa, estou perdido, agora eu vou buscar o meu’. E sabia que na troca de golpes era loteria. Consegui conectar um bom cruzado, que eu treino muito também quando estou simulando situações de troca de golpes. Eu não sou nocauteador, sou mais estiloso. Mas também tem que treinar golpes encaixados para em situações como essa ter outras armas e outros planos para poder executar na hora. Acreditei até o fim e o nocaute veio. Essa medalha de ouro é para o Brasil”, disse o atleta, de 23 anos, que estava atrás na opinião dos cinco jurados após os dois primeiros rounds por 20 a 18.

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Baiano, de 23 anos, Hebert também falou da emoção ao receber a medalha. “Difícil falar a sensação, é incrível, uma emoção muito grande, senti e energia de todo mundo que estava torcendo. Eu pensei durante os rounds que tinha muita gente mandando energia por esse nocaute. Eu acreditei que eu podia e que bom que aconteceu, eu fui premiado e a gente merece.”

O brasileiro também elogiou o adversário. “O atleta que eu enfrentei tem um jogo difícil de trabalhar, é um cara muito forte, intenso, é espetacular a forma física com que ele sempre se apresenta nas lutas. É um lutador incrível, respeito muito. Mas eu sabia da minha capacidade também. Treinei muito, levei muito a sério todo trabalho que foi passado durante o ciclo, durante toda minha iniciativa desde que comecei no boxe”

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