Olimpíada: 'Obrigado' a usar titulares, Brasil ataca Arábia Saudita pela vaga no futebol
O jogo que encerra a fase de classificação brasileira ocorre às 5 horas (de Brasília) e servirá para aprimorar o entrosamento da equipe
Campinas, SP, 28 – O empate sem gols com a Costa do Marfim na segunda rodada frustrou os planos de André Jardine usar reservas diante da Arábia Saudita. Sem vaga garantida nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o técnico vai ser “obrigado” a escalar os titulares. Com o time principal em campo no estádio de Saitama, promete ofensividade para ganhar e confirmar a primeira colocação do Grupo D. O jogo que encerra a fase de classificação brasileira ocorre às 5 horas (de Brasília) e servirá para aprimorar o entrosamento da equipe.
Expulso diante dos marfinenses, o volante Douglas Luiz será a única ausência nesta madrugada. Dá lugar ao gremista Matheus Henrique. Nas outras posições, nenhuma novidade. Jardine usará os titulares que atuaram nas duas primeiras rodadas, a contragosto, sob promessa de observar alguns atletas caso o resultado esteja construído.
A seleção brasileira ainda não se garantiu matematicamente nas quartas de final. E promete postura séria e ofensiva para evitar um vexame. Ainda mais por ter o pior time do grupo pela frente. Fechar na liderança não significa, porém, escapar de uma pedreira já no mata-mata. Espanha e Argentina se enfrentam às 8 horas em duelo decisivo, com um podendo deixar o outro pelo caminho e surgir na rota dos brasileiros. Como joga antes, o Brasil não tem como “escolher” adversário.
Jardine esquece os possíveis rivais futuros e foca apenas no duelo de Saitama. E sem fazer mistérios. “Está confirmado (a entrada de Matheus Henrique). É um jogador muito importante no processo olímpico, titular em quase todas as convocações e que já foi capitão. Muda um pouco a dinâmica, o Douglas Luiz é mais defensivo”, esclareceu o treinador. “O Matheus vai ser um segundo volante, ter alguma liberdade na frente, mas fazendo a cobertura dos laterais, principalmente do Arana. Ele traz um controle, erra muito pouco passe e tem muitas decisões boas durante o jogo”.
O treinador brasileiro não esconde, contudo, a frustração de não poder rodar o elenco e dar um descanso às principais peças sob o risco de tropeçar e amargar vexame histórico.
“A gente tinha vontade de chegar neste jogo classificado. Com certeza, daríamos minutos para outros jogadores, mas não conseguimos a vitória num jogo em que trabalhamos com um a menos praticamente o tempo inteiro”, lamentou, lembrando do 0 a 0 com a Costa do Marfim. “Esse resultado nos daria a classificação. Ficou para essa última rodada e, então, seguimos para um outro caminho, de repetir a equipe, ganhar ritmo e entrosamento. Não é 100% da equipe porque terá a troca do Matheus, mas faremos substituições ao longo do jogo, com experiências, dando minutos para outros jogadores”, prometeu.
Time semelhante, mas esquema tático diferenciado e mais ousado. Laterais e volantes terão total liberdade para avançar diante dos sauditas, eliminados e que não devem abdicar de um sistema defensivo na tentativa de evitar a terceira derrota seguida.
“Talvez apareça algum tipo de variação tática dentro do jogo, existe essa possibilidade. É um caminho que pode nos trazer outro tipo de benefício, que é o de entrosamento maior, já visando as quartas de final”, concluiu Jardine.
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