Olimpíadas: No sufoco, vôlei feminino do Brasil supera República Dominicana por 3 sets a 2 em Tóquio

O time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães derrotou a República Dominicana por 3 sets a 2 - com parciais de 22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12

BRASIL 9

São Paulo, SP, 27 – A seleção brasileira feminina de vôlei teve grandes dificuldades para conseguir a sua segunda vitória nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta terça-feira, o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães derrotou a República Dominicana por 3 sets a 2 – com parciais de 22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12.

Um dos pontos fortes da seleção brasileira foi a variação ofensiva, com ataques no meio pelas centrais. O Brasil enfrentou dificuldades diante do bloqueio forte das dominicanas e só conseguiu a vantagem quando diversificou os ataques, usando todas as atletas para definir os pontos. Individualmente, Fernanda Garay fez grande partida e anotou 26 pontos. Gabi e Carol Gattaz também tiveram boas atuações no ataque. A próxima partida será diante da Sérvia, nesta quinta-feira.

JOGÃO

No primeiro set, o bloqueio dominicano parou as atacantes brasileiras. Explorando a estatura de suas atletas, a rival fez um muro, quase sempre com bloqueios duplos. O Brasil só levou vantagem quando explorou sua maior qualidade técnica. Mas não conseguiu se distanciar no placar que registrou empates no início (7 a 7) e na metade do set (16 a 16).

Foram os bloqueios que definiram o set. O 22º ponto foi conquistado assim, diante do ataque paralelo de Tandara. Para fechar o primeiro set, Martinez atacou o bloqueio brasileiro, e a bola foi para fora. República Dominicana fechou o primeiro set em 25 a 22.

No segundo set, o Brasil começou a sacar melhor. Isso criou problemas para a recepção rival. Foi assim que Garay conseguiu uma boa sequência e o Brasil abriu 10 a 4. Com a vantagem, o Brasil se mostrou mais confiante e intenso.

Com as dificuldades de Tandara para encaixar os ataques por causa do forte bloqueio, o Brasil passou a variar sua produção ofensiva e explorar as centrais. Em uma bola de primeiro tempo, Carol abriu 15 a 10. Em seguida, Gabi fez 18 a 11. Essa variação abriu caminho para Tandara enfrentar bloqueios simples nas pontas, o que aumentou seu rendimento no jogo. Aos poucos, a atacante foi recuperando seu poder de decisão e abriu o placar em 20 a 12. A vantagem obtida durante a passagem de Fernanda Garay pelo saque se manteve ao longo do set. Impondo seu ritmo e errando pouco, o Brasil fechou o set de forma consistente em 25 a 17 e empatou o jogo em 1 a 1.

No terceiro set, o equilíbrio voltou a ser a tônica do jogo. Depois de abrir 9 a 6, a maior diferença no início do set, as dominicanas se recuperaram e reduziram a distância para dois pontos. Foram as centrais que ampliaram a vantagem do Brasil para 23 a 13 – dez pontos de diferença. Também foi decisiva a variação de ataques e o saque forçados, obrigando as dominicanas ao erro. Deu tudo certo para o Brasil. Com tranquilidade, o Brasil fechou a partida e reafirmou a supremacia técnica das brasileiras.

O quarto set começou com uma disputa de 41 segundos. As dominicanas, no entanto, recuperaram a força ofensiva, com saque forçado, e voltaram ao padrão do primeiro set. Elas bloqueavam e brigavam por todas as bolas. Com isso, conseguiram abrir 9 a 5. Uma das estratégias foi explorar os bloqueios brasileiros, sem o confronto direto. Com isso, Martínez conseguiu pontos em alguns contra-ataques. Na reta final, as dominicanas abriram 18 a 15, mas o Brasil conseguiu buscar a igualdade em 23 pontos. No bloqueio em Gabi, as dominicanas fecharam o set em 25 a 23 e empataram o jogo.

VITÓRIA

No quinto set, as dominicanas conseguiram marcar bem os ataques de força, principalmente de Tandara, e abriram 6 a 4. Voltando a sacar bem, o Brasil empatou o set por 7 a 7. A vantagem de dois pontos (13 a 11) foi conquistada novamente com a variação dos ataques, principalmente pelo meio. Gabi conseguiu o 14º ponto atacando do fundo. A mesma Gabi fechou o jogo, ressaltando sua grande atuação.

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