Pia Sundhage enaltece força do elenco contra Holanda e mira a liderança do grupo

Ela considerou o jogo excelente e agora fica a briga pela liderança do grupo. Líder deve sair dos EUA nas quartas.

Valeu a capacidade de reação das brasileiras, que empataram coma vice-campeã mundial

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São Paulo, SP, 25 – A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu no campo do Miyagi Stadium, em Miyagi, neste sábado. Em entrevista coletiva após o empate entre Brasil e Holanda por 3 a 3, na segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela elogiou o desempenho e a capacidade de reação da seleção diante da atual campeã europeia e vice-campeã mundial.

“Acho que foi um excelente jogo. Fomos ótimas no ataque, apesar de termos cedido um gol muito cedo. Estou orgulhosa do time por ter se recomposto após o gol e das jogadoras que vieram do banco, pois entraram muito bem na partida. Somamos um ponto, agora temos a última partida para dar tudo de nós e tentar ser as líderes do grupo”, disse.

ADVERSÁRIA FORTE
A treinadora reiterou a qualidade da equipe holandesa e viu uma atuação sólida da defesa brasileira. Para Pia Sundhage, o Brasil foi taticamente eficiente ao impedir as principais jogadas de ataque do repertório das adversárias. No total, a seleção teve oito chances de finalização dentro da área; a Holanda, apenas três.

“É um pouco mais complexo do que olhar apenas se elas fizeram gols. Na verdade, é preciso pensar como elas fizeram os gols e de que forma elas não conseguiram criar chances para isso. Lembrem-se: elas jogaram a final da Copa do Mundo há apenas dois anos e são uma equipe fortíssima.

Acho que, no geral, a defesa foi bem, e, no fim das contas, é necessário apenas ser um pouco mais compactas para evitar que algumas das jogadoras possam entrar no 1 a 1 e, em vez disso, criar situações de dois contra um“, avaliou, comentando também a forma que o ataque encontrou caminhos de furar o bloqueio europeu.

“Sobre a velocidade, foi interessante porque buscamos esperar um pouco e ficar com a bola. Algumas vezes, tivemos sucesso, mas não tanto nas bolas vindas de trás porque, se você olhar o modo como a Holanda se defende, não tivemos a oportunidade de jogar nas costas da última linha defensiva delas tanto quanto gostaríamos. Por outro lado, as jogadoras que vieram do banco foram muito bem nessa penetração, especialmente nos últimos 15 ou 20 minutos”, ponderou.

LUDMILA BEM
Uma dessas atletas foi Ludmila. Acionada no intervalo, ela dificultou a vida das defensoras holandesas explorando sua velocidade e fez a diferença. Aos 16 minutos, a atacante deixou a zagueira Van der Gragt para trás e foi derrubada na área, gerando o pênalti convertido por Marta. Na sequência, interceptou um recuo de Nowen e driblou a goleira Van Veenendaal para marcar seu primeiro gol em jogos oficiais pelo Brasil.

“Ludmila vir do banco foi um bom plano de jogo. Se você comparar ela e a Bia com Bia e Debinha, são tipos diferentes de dupla de ataque, por isso esse grupo é tão interessante do ponto de vista tático. O que eu disse a ela antes de entrar foi para penetrar atrás da última linha defensiva. ‘Vá em direção ao gol de forma aguda, simples assim. Você conhece o caminho, não precisa ser complicado’. Por isso fiquei tão feliz quando ela marcou o gol. Veio do banco e mudou um pouco o jogo. Ela vai jogar mais minutos, com certeza. Se na escalação inicial ou vindo do banco, veremos”, disse.

A seleção deixa a cidade de Sendai e, neste domingo, treina no Inage Seaside Park, em Tóquio. Na terça-feira, o Brasil encara a Zâmbia, às 8h30 (de Brasília), pela última rodada do Grupo F. Um empate garante a equipe nas quartas de final.

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