‘Mera liberalidade’, CBF justifica ausência da camisa 24 na Copa América
CBF responde à Justiça pela não utilização do número 24 na Copa América
CBF diz que ausência da camisa 24 se dá por conta da posição do atleta e 'mera liberalidade'
Campinas, SP, 5 (AFI) – A CBF respondeu à Justiça fluminense no último sábado (3) pela não utilização do número 24 na disputa da Copa América. Segundo a entidade, a escolha se deu pela posição do jogador – Douglas Luiz – e “mera liberalidade”. A notificação foi feita pelo juiz da 10ª Vara Civil do Rio de Janeiro, Ricardo Cyfer, após o “Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT” entrar com um processo contra a CBF. Somente o Brasil não conta com a camisa 24 dentre as seleções que disputam o torneio.
“A luta da comunidade LGBTQIA+ pelo fim da discriminação contra seus membros, com o reconhecimento do seu direito a uma convivência plena na sociedade, é amplamente conhecida. Como no Brasil a popularidade do futebol, esporte que ainda se insere nessa tradição masculina, ainda não foi suplantada por outro, sobressai-se a importância da adoção dessas medidas no contexto das suas competições”, escreveu o juiz na notificação.
PELA POSIÇÃO?
O número 24 no Jogo do Bicho representa o veado e, por isso, carrega a conotação homofóbica. Na Copa América, inicialmente, eram convocados 23 jogadores. A Conmebol, porém, permitiu que as seleções chamassem mais cinco, por conta de uma eventual contaminação pela COVID-19. O Brasil somente adicionou Douglas Luiz na lista. Pela lógica, então, o atleta utilizaria a camisa 24, mas não foi assim.
“Em razão de sua posição (meio-campo) e por mera liberalidade, optou-se pelo número 25. Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio-campo, e mais alta para os atacantes”, justificou a CBF.
A entidade ainda disse que o responsável pelo departamento da definição de numeração é o ex-jogador Juninho Paulista e a Conmebol ou a FIFA não fazem apelos ou exigências para a utilização da camisa 24.
EUROCOPA TAMBÉM TEM POLÊMICA
O estádio em Munique, Alemanha, Allianz Arena teria iluminação com as cores do arco-íris durante partida da Eurocopa. Por ser uma “organização neutra”, a UEFA rejeitou o pedido.
“Dado o contexto político do pedido – uma mensagem sobre uma decisão adotada pelo Parlamento nacional húngaro -, a Uefa deve rejeitar o pedido”, explicou em nota.
Tudo começou quando o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, criticou a ação.
“É muito nocivo e perigoso quando alguém tenta misturar política e esporte. Houve algumas tentativas de fazer isso na história mundial e essas acabaram muito mal”, disse Szijjártó em entrevista a um canal de televisão em Luxemburgo.
BRASIL NA SEMIFINAL
Nessa segunda-feira (5), o Brasil enfrenta o Peru no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, às 20 horas, em busca de uma vaga para a decisão da competição. Do outro lado da chave, a briga é entre Argentina e Colômbia no estádio Mané Garrincha, em Brasília, na terça-feira (6) às 22 horas.
A grande final acontece sábado (10), às 16 horas, também no Rio de Janeiro, mas no Maracanã.
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