Nem Guarani, nem Remo podem contestar o zero a zero
Uma noite em que o futebol de Campinas ficou em branco nesta terça-feira, na sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.
Ninguém marcou e também não sofreu gols. Nem se pode citar que o zero a zero ficou melhor para o Guarani, embora o jogo com o Remo tivesse sido realizado em Belém (PA), porque ficou claro as limitações do adversário.
Quanto a Ponte Preta, continua capengando na competição, embora não faltasse disposição contra o Operário (PR), até que os jogadores se cansassem na metade do segundo tempo da partida disputada em Campinas, que é analisada na postagem abaixo.
CARLÃO: JOELHO
Com dois minutos de partida, o Guarani teve que fazer substituição, quando o atacante Carius, do Remo, caiu sobre o joelho do quarto-zagueiro Carlão, o que precipitou a entrada do substituto Ronaldo Alves.
Foi um primeiro tempo em que Guarani e Remo se assemelharam até no alinhamento tático.
Ambos propuseram o jogo, mas sem a bola a recomposição era rápida, de forma que poucos espaços fossem deixados para que oportunidades fossem criadas.
Assim, se o atacante Davó, lançado nas costas do jovem zagueiro Keven, do Remo, se infiltrou e chutou rasteiro, cruzado, com a bola passando perto do gol; a resposta do Remo foi com o meia Lucas Siqueira, de canhota, que exigiu reflexo do goleiro Gabriel Mesquita para defesa.
ADIANTOU AS LINHAS
Sem alterações após o intervalo, a diferença tática do Guarani é que adiantou as linhas, praticando marcação alta, e em dois lances, até os 12 minutos, poderia ter chegado ao gol.
Na finalização de fora da área do volante Rodrigo Andrade, a bola resvalou no travessão antes de sair. Depois, em cruzamento de Davó por trás da zaga paraense, Pablo chegou atrasado na bola para completar a jogada.
Diferentemente do Bugre, o Remo buscou alternativas de arrumação ofensiva no início do segundo tempo, sem que as mudanças resultassem em progresso ao time.
FELIPE GEDOZ
Se havia esperança de que Felipe Gedoz pudesse organizar melhor o meio de campo do Remo, projetando-se avanço do meia Rafinha à função de centroavante, a mexida não trouxe efeito prático porque Gedoz entrou mal no jogo e Rafinha, adiantado, foi absorvido pela marcação, a exemplo de Carius que saiu no intervalo.
Na metade do segundo tempo houve queda de rendimento físico de jogadores bugrinos como Andrigo e Júlio César, com demora do treinador bugrino Daniel Paulista para substitui-los, desta feita até compreensível.
Convenhamos: o que o Guarani teria a ganhar com as mudanças àquela altura, com entradas do centroavante Lucão e atacante de beirada Matheus Sousa?
Absolutamente nada. Desta forma a partida foi se arrastando no zero o zero até aos 51 minutos do segundo tempo, com o goleiro Gabriel Mesquita abusando de cera, mesmo quando ninguém encostava nele.