Quando tudo parecia perdido, bomba de Jussani salva o Guarani
Gols do empate entre Bugre e os alagoanos surgiram já nos acréscimos
Quando tudo parecia perdido, bomba de Jussani salva o Guarani
Seria um tremendo castigo para o Guarani se tivesse perdido a partida para o CRB na noite deste sábado no Estádio Rei Pelé, em Alagoas. O time da casa havia praticamente consolidado a vitória com o gol de cabeça do zagueiro Adalberto aos 46 minutos do segundo tempo, mas dois minutos depois, aproveitando um rebote da defesa adversária, Diego Jussani acertou chute forte, rasteiro, quase no meio do gol, e saiu pro abraço: 1 a 1.
Pode-se dizer que as equipes de alternaram na partida e se equivaleram. Nas duas fases de jogo o Guarani tentou decidir a partida nos primeiros minutos, lançando-se ao ataque.
No primeiro tempo, como começou colocando em prática um volume ofensivo, o CRB tentou descontar com jogadas de velocidade, na tentativa de explorar os espaços.
Todavia, a pressa para se aproximar do gol bugrino provocava-lhe erros de passes e o Guarani recomeçava as jogadas, sem contudo ter criatividade para ultrapassar a última linha defensiva adversária. Assim, o primeiro tempo bugrino se resumiu a uma cabeçada fraca de Fumagalli defendida pelo goleiro Edson.
Na segunda metade do primeiro tempo, o CBR desacelerou o ritmo, rodou mais a bola, teve mais posse e arrumação, sem que isso se transformasse em reais oportunidades.
POSTE
Aí, no intervalo, o treinador Dado Cavalcanti, do CRB, cometeu erro de conceito. Projetou que a maior presença ofensiva de sua equipe na partida pudesse resultar em gols com a entrada do atacante de área, caso de Neto Baiano, um poste pela falta de mobilidade.
Dado não contou que embora ofensivamente Eric Sales não acrescentasse, taticamente ajudava na marcação, quer fechando por dentro, quer marcando descidas do lateral Lenon.
Assim, o CRB perdeu espaços e controle do meio de campo, com o consequentemente crescimento do Guarani, que teve chance de marcar quando Auremir recebeu passe livre quase na entrada da área e mandou a bola nas nuvens, quando o próprio Auremir foi travado em finalização e Caique chutar travado.
Percebendo o erro cometido, Dado recompôs a sua equipe com a entrada do meio-campisa Elvis no lugar do já cansado atacante Zé Carlos. Aí a partida voltou a ficar equilibrada, e até com ligeira predominância do CRB, que a partir dos 40 minutos passou a exercer forte pressão, obrigando o Guarani a se defender como podia. Foi quando Neto Baiano, já sem goleiro, perdeu o gol mais feito da partida, de cabeça.
SERAFIM
Antes disso, o treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão, do Guarani, já havia queimado as três alterações, e em uma delas com a entrada do novato Serafim, que só não transformou chance em gol pela inexperiência. Em vez que progredir na disputa de mano e ficar na cara do gol, arriscou o chute de longe e sem sucesso.
Na pressão, o CRB fez explodir aquele estádio com o gol de cabeça do zagueiro Adalberto, que sequer foi atrapalhado pelo lateral-esquerdo Gilton, quando ambos disputaram a bola pelo alto.
Parecia tudo perdido para o Guarani até que Jussani – o jogador bugrino mais regular na partida – fosse premido com o gol de empate, que pelas circunstâncias é um resultado que deve ser comemorado pelos torcedores.
A estreia do zagueiro Éwerton Páscoa foi discreta, basicamente rebatendo. Gilton, que retornou à lateral-esquerda, deu mais estabilidade ao setor comparativamente ao jovem Salomão.